Kraus, Daniel e Del Toro, Guilhermo. A forma da água. Tradução Edmundo Barreiros.
Rio de Janeiro RJ,2018.
“Um amor além das palavras”
Daniel Kraus, premiado
autor e diretor de seis filmes e Guillermo Del Toro escritor e cineasta de
maior personalidade na indústria cultural americana, em “A Forma da Água”, o
livro que deu origem ao filme que venceu o Oscar 2018, contam a estranha e
peculiar história de uma simples humana que se apaixona por um deus marinho
mitológico do Amazonas.
Elisa é uma jovem órfã, muda, com cicatrizes no pescoço, por onde suas cordas vocais provavelmente foram arrancadas quando ela era um bebe, moradora de um minúsculo apartamento em cima do cinema Arcade Marquee. Trabalha no turno da noite na OCCAM, um laboratório de pesquisas secretas do governo, como faxineira no turno da noite, tem poucos amigos, apenas seu vizinho Giles e sua companheira de trabalho Zelda.
Sua vida sempre foi muito monótona, até que chega um novo recurso no laboratório da OCCAM e Elisa tem que passar a lidar com um novo chefe maluco e nojento, o sr. Strickland, que, vê em Elisa uma oportunidade, já que o recurso, um homem peixe intitulado deus Brânquia, era altamente secreto, ele coloca Elisa responsável pela limpeza da sala do recurso, tendo a certeza de que ela não espalharia nada, já que ela não fala.
Em uma das noites, Elisa
faz um intervalo para comer, e o recurso, preso em um tanque de água dentro da
sala, observa Elisa.
“Elisa sinaliza para a criatura O.V.O.
A criatura flutua, como se fosse mágica.
Devagar sua enorme mão se ergue da piscina. A pequena flexão de seus dedos é
como cinco braços a envolvendo em um abraço apertado. O.V.O.
Elisa perde o folego por traz do sorriso.
Poe o ovo na borda e observa o ser pegá-lo.”
Elisa se apaixona pela criatura cada vez mais, a cada dia, percebendo
o ser magnifico que estava diante dela, ela precisava fazer alguma coisa,
qualquer coisa.
“Qualquer coisa para salvar a sua amada
criatura.”
No dia seguinte, Elisa
pede ajuda a seus amigos, de início receosos, para salvar a criatura,
precisavam tirá-la de lá, devolvê-la para a água. Com muita relutância, os
amigos concordam em ajudar Elisa.
“- O que quer que seja aquela coisa não
importa- diz Giles. - O que importa é que você precisa dela. Por isso vou
ajudar você. Diga-me o que fazer.”
Já com um plano formado,
eles invadem a OCCAM e retiram a criatura. Conseguem fugir e a esconder no
apartamento de Elisa, mas com Strickland em sua cola, isso não poderia ficar
assim por muito tempo.
Eles então decidem levar a criatura para o cais, assim ele poderia ir embora pela água, e o fazem, mas Strickland os alcança, uma arma na mão, e tenta impedir a criatura de fugir. Giles e Zelda tentam o atrasar, mas ele se livra dos dois e acerta, dois tiros, na criatura. Elisa a ajuda a chegar a água, implora para que ela fuja. Strickland atira de novo, mas dessa vez, para proteger sua criatura, a bala acerta Elisa.
A criatura fica de pé,
pega Elisa nos braços, e entra com ela na água, deixando todos para trás, ao
som dos carros de polícia chegando.
“ [...] está acontecendo e há compreensão e é bela ela é bela nós somos belos e é uma boa visão uma visão feliz as linhas em seu pescoço as linhas que ela achava serem cicatrizes mas que não são cicatrizes é uma coisa boa ver aquelas linhas se abrirem para que as guelras se libertem e se expandam bastante é uma visão alegre e ela agora sabe quem é quem sempre foi ela somos nós e nós falamos juntos agora sentimos juntos agora e nadamos para o fim para o inicio [...] venha conosco.”
Este livro não é indicado para menores de 16 anos.
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