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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Resenha do livro "Viagem ao centro da Terra", de Julio Verne



Por João Vitor Castro

VERNE, Júlio. Viagem ao Centro da Terra. Jandira SP: Principis, 2019.

 

            O escritor francês Jules Gabriel Verne, conhecido como Júlio Verne, nasceu em 1828 e faleceu em 1905. Durante sua vida escreveu diversas obras nas quais se popularizaram, uma delas é Viagem ao Centro da Terra. Essa é uma obra de ficção de aventura que se tornou um filme em 2008.

            O enredo do livro se passa no século XIX e conta a história de Otto Lidenbrock, um professor de geologia e mineralogia alemão, e seu sobrinho Axel. Certo dia o professor Lidenbrock encontra um antigo manuscrito, escrito em código único por Arne Saknussemm, alquimista do século XVI e grande ídolo do professor. Com a ajuda de Axel, Lidenbrock decifra o antigo documento. Eles descobrem que Saknussem havia descido o vulcão Sneffels na Islândia e havia chegado ao centro da terra. O corajoso professor, juntamente com seu sobrinho, fica decidido de fazer tal aventura.

            Ao se equiparem, deixam sua cidade na Alemanha. Deixam também Marthe, a empregada doméstica, e Grauben, afilhada do professor e namorada de Axel. Ao chegarem à Islândia, Lidenbrock contratou um caçador para ser o guia e ajudante da aventura, Hans Bjelke.

            Quando encontram o vulcão Sneffels, começaram a descer. Os três homens passaram por diversos problemas abaixo da superfície terrestre, falta de água e comida, a perda de Axel, cansaço e muitas das vezes ficavam perdidos em galerias.

              Nas galerias, eles descobrem uma galeria enorme na qual tinha um oceano, ilhas, nuvens, luz e diversas plantas, animais e seus fósseis que pertenciam a era primária. Hans constrói uma jangada e eles viajam pelo enorme oceano, lutaram contra uma tempestade e foram levados à marge oposta do oceano.

          Finalmente, eles acham uma passagem obstruída que os levaria ao centro da terra e usam pólvora  para explodir a passagem. Porém, a explosão foi tão colossal que a jangada onde eles estavam, devido a uma erupção, foi expelida de volta a superfície terrestre. 

          Então, fizeram contato com os habitantes nativos do local em que saíram e descobriram que estavam na Sicília. Ao voltarem para Alemanha o professor se tornou famoso e sua história que durou meses circulou todo o globo terrestre.

            Este livro é muito divertido e eu o recomendo especialmente para o público jovem.


Resenha do livro "A pirâmide vermelha", de Rick Riordan



Por Eduarda Oliveira

RIORDAN, Rick.

 

         Rick Russell Riordan, Jr., também conhecido simplesmente como Tio Rick, é um escritor norte-americano, mais conhecido por escrever a série Percy Jackson e Os Olimpianos de 2005 a 2009. Riordan já é considerado por muitos jovens leitores o maior escritor teen, assim como a autora da série Harry Potter J.K. Rowling. 

        Quando eram pequenos Carter e Sadie perdem a mãe e infelizmente vão morar separados. Carter o mais velho, foi viver com seu pai egiptólogo, pelo mundo, em escavações, ruínas, sem casa própria, sem escola e sem amigos. E Sadie foi viver em Londres com seus avós, numa vida completamente normal.

       Carter e seu pai em uma visita a sua irmã, vão a um museu. Os irmãos veem seu pai explodindo um artefato milenar, para tentar trazer a esposa e mãe dos irmãos a vida, e infelizmente o feitiço deu errado e ele desaparecendo com mágica, e despertando o Set, o mais cruel dos deuses egípcios. Então os irmãos, descobrem que os deuses não são apenas mitologia, mas que estão vivos e tem influência no nosso mundo.

          Para salvar o pai os irmãos entram em uma jornada perigosa, na qual descobrem que outros deuses foram despertados e algo terrível está para vir.

        O livro é super interessante não só pela história, mas também pelo motivo de estar sendo narrado em primeira pessoa, é como se fosse uma gravação dos dois irmãos, eu nunca havia um livro desta maneira, por isso me surpreendeu e irá surpreender vocês também.

          No começo do livro a relação dos irmãos não é tão boa, mas no decorrer do livro os dois evoluem e vê que precisam um do outro, afinal, eles são irmãos e se amam.

           Outra coisa que me chamou bastante atenção foi os irmãos não se parecerem fisicamente, Carter tem pele escura, olhos escuros, como o pai; já Sadie, é branca, olhos bem claros, como a mãe. E no livro mesmo eles citam que todos ficam de cara, quando falam que são irmãos, inclusive falam que não acreditam. E isso é bastante interessante pois não é porque temos que ter a mesma cor que nossos pais ou parentes que somos diferentes ou mais importantes.

            O livro me incentivou a pesquisar mais sobre a cultura egípcia, e eu acabei de apaixonando por essa mitologia. Como os hieróglifos, é um tipo de escrita que utilizavam no Egito Antigo, e que no decorrer do livro, são mostrados com ilustrações e que torna mais fácil de entender.

           Recomendo a leitura, se estão procurando algo leve, mas que tenha aventura, magia, humor, e mistério. 

         No livro foi citada uma frase que foi marcante para mim: 

"Justiça não significa que todos recebem as mesmas coisas. Justiça é garantir que todos recebam o que é necessário. E a única maneira de ter o que é necessário é você mesmo fazer acontecer."

Resenha do livro "Brincando com fogo", de Jéssica Macedo



Por Beatriz Lacerda Miranda

MACEDO, Jéssica. Brincando com Fogo. 1º Edição. Belo Horizonte, MG. Editora ForSaken, 2016.

 

“Eles podem ser a esperança ou a completa destruição da raça humana...”

 

       A estudante de cinema e escritora Jéssica Macedo em Brincando com Fogo nos traz uma ficção que se passa em um cenário de uma terceira guerra mundial.

      Uma guerra terrível foi travada no nosso mundo e a humanidade foi quase completamente dizimada, por sorte os cientistas criaram uma espécie de “super-humanos” com resistência a radioatividade e poderes como por exemplo dominar o fogo.

       O que deveria ser a salvação da humanidade acabou virando mais uma grande arma de destruição. Os “super-humanos” chamados de projeto Genesis que teoricamente seriam usados para criar uma nova geração de uma humanidade capaz de sobreviver nas condições em que a terra se encontra, nas mãos do governo acabaram sendo clonados e viraram armas de guerra.

       Enquanto seus clones estão por aí destruindo o mundo, os seis originais permanecem trancados sem saber da existência de um mundo além das paredes da BIOTEC.

       Até que um dia uma explosão acontece e alguém ajuda Marjore a fugir, desorientada e sem saber o que fazer ou quem era, Marjore seque sozinha pelo deserto até ser encontrada por um rapaz, Noah, que a leva para seu abrigo.

      Noah decide treinar Marjore para que ela ajude o grupo a sobreviver, no meio do treino acontece um beijo e então começa a história de amor dos personagens.

      Além de ensina-la a lutar ele a ajuda a controlar seus poderes.

“ –Você precisa aprender a controlar seus poderes. Consegue criar uma chama na palma de suas mãos? “

        Enquanto fogem da guerra e tentam sobreviver, Marjore acaba encontrando mais um “original projeto gênesis”, Lya e juntas decidem ir atrás dos outros e se vingar da BIOTEC.

        Para encontrar os outros passam por vários momentos complicados, mas nada que o amor dos personagens Marjore e Noah não superasse.

        Após estarem todos reunidos Marjore traz mais um incentivo para acabarem com a BIOTEC, a notícia de que ela está grávida.

“ –Eu não quero que nosso bebe vire uma cobaia da BIOTEC, Marjore. ”

        O plano está pronto e eles põem em pratica, invadem a BIOTEC e destroem tudo, mas a vingança não para por aí, eles têm mais planos e mais lugares para conquistar, e a esperança de restaurar a humanidade.

        Planos esses que nunca iremos descobrir já que Brincando com Fogo é o primeiro livro da coleção Anexo Gênesis, que a autora decidiu que não vai mais escrever.

      Então o que aconteceu com os outros antes de encontraram a Marjore, e qual será o destino deles e do bebe? Nunca saberemos.

      Mas este livro serve como livro único, e vale a pena ler.


quinta-feira, 23 de julho de 2020

Resenha do livro "Juntando os pedaços"


Por Eduarda  Oliveira


NIVEN, Jennifer. Juntando os Pedaços. 1. ed. São Paulo: Seguinte, 2016.


       Jennifer Niven é autora de Por lugares incríveis, best-seller do New York Times traduzido para mais 35 línguas. Também escreveu quatro romances para adultos, três livros de não ficção e o roteiro de Por lugares incríveis para o cinema. Cresceu em Indiana e atualmente mora em Los Angeles.
           A obra conta a história de Jack, um adolescente diagnosticado por ele mesmo com prosopagnosia uma doença que impede de conhecer o rosto das pessoas, como se fosse um quebra-cabeça ele vê olhos, boca, nariz, cabelo… Mas não consegue juntar todas as peças, para gravar na memória.
        Ele usa marcas da própria pessoa para identificá-la, jeito de andar, cor da pele, cabelo, e a maneira de como se vestem para distinguir familiares e amigos. Porém ninguém sabe disso. Até que entra uma garota na escola, Libby.
           Libby passou os últimos anos dentro de sua casa tentando superar a morte de sua mãe. Ela se sente pronta para recomeçar. Em seus primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa do seu peso, e vai parar na diretoria com Jack.
        E pouco a pouco os dois vão se conhecendo e criando um laço, e aos poucos entendendo um ao outro como ninguém tinha feito antes.
        O livro é simplesmente leve de se ler, você consegue decifrar cada detalhe e consegue até sentir o que o personagem sente, de tão perfeito.
         A autora colocou pautas super importantes no livro, como bullying e aceitação. Os personagens não são comuns na sociedade, e é por isso que ensina e mostra o leitor que devemos lutar por um mundo livre de intolerância e julgamentos.
          Como quando Libby vestiu um maiô roxo escrito alguém gosta de mim, e gravou um vídeo, que teve seus comentários maldosos mas também teve comentários maravilhosos, e querendo ou não encorajou diversas garotas a não ligar para os julgamentos e simplesmente não precisar ter um corpo padrão para nadar.

‘’Se é um fardo tão grande, emagreça, e seu problema será resolvido. Mas estou confortável assim. Talvez eu perca mais peso, ou não. Mas o que as pessoas tem a ver com isso? Quer dizer, desde que eu não sente em cima delas, quem se importa?’’

           Jack também é um personagem incrível e forte, pois imagina acordar todos os dias e não reconhecer quem você é, não saber o rosto da sua mãe ou pai. Ele traz uma perspectiva de um mundo diferente e bem complexo, e isso é perfeito para o livro, e eu amei. Suas inseguranças, problemas familiares, e algumas coincidências, unem sua história com a de Libby.
         Juntando os pedaços é uma história fofa, linda e divertida de se ler. Tanto ter amor próprio como um romance de ensino médio.

"Eu me lembro dos seus olhos. Da sua boca. Das suas sardas que parecem constelações. Conheço seu sorriso, pelo menos três deles, e pelo menos oito de suas expressões, incluindo a que você faz com os olhos. Se eu soubesse desenhar, desenharia você sem precisar olhar. Porque seus rosto está gravado na minha mente". (Jack)

         E não se esqueça de viver o agora, não dá para você ficar esperando ser uma mulher linda, magra e rica, para viver e fazer as coisas que deseja. Seja feliz.
      Indico o livro para todos, pois precisamos de mais histórias assim e não é só um romance, precisamos combater o ódio com amor, sobre deixar de impor um padrão, sobre cuidar da própria vida.

Resenha do Livro "Eleanor & Park"



Por Beatriz Lacerda Miranda


ROWELL, Rainbow. Eleanor & Park. 8º Reimpressão Brasileira, Barueri SP, Novo Século Editora, 2019.


“Eleanor & Park me lembra não apenas de como é ser jovem e apaixonado por uma garota, mas também de como é ser jovem e apaixonado por um livro”
-John Green, autor de A culpa é das estrelas.

          A autora norte-americana de livros jovens-adultos ou adulto-contemporâneo Rainbow Rowell, em seu livro Eleanor & Park nos traz um “ amor imperfeito e extraordinário". A obra é engraçada, triste, sarcástica, sincera e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos.
       Park, baixinho, descendente de Coreano, ama música e quadrinhos, não é popular mas tem seu grupo de amigos. Eleanor, “gorda “e ruiva, veste sempre roupas estranhas e sofre bullying dos colegas da escola. É a filha mais velha de uma família grande e problemática, com um padrasto que bebe e bate na sua mãe, Eleanor vê como dever proteger seus irmãos mais novos e tornar a vida do padrasto um inferno, até que é expulsa de casa e quando volta percebe que perdeu seus aliados de guerra, já que agora seus irmãos gostam do padrasto.
         Certo dia indo para a escola, Eleanor se vê obrigada a sentar ao lado de Park no ônibus e isso se repete por vários dias, no início nem trocavam olhares, mas com o passar do tempo Eleanor começa a prestar atenção e ler junto os gibis de Park. Ele percebe e então decide emprestar alguns a Eleanor, mas sem trocar uma palavra.
         Até o dia em que Park percebe que está gostando de Eleanor e ao ver ela sendo zoada pelos colegas entra em uma briga para defendê-la.

“ -Vou dar um jeito nisso.
-Não. Deixe pra lá. Não vale a pena.
-Você vale a pena- ele disse, ferozmente, olhando-a. – Você vale a pena. ”

         Os dois então passam a conversar e a se gostar até que embarcam em um namoro escondido, baseado em se ver na escola e algumas ligações durante a noite. Park então decide que está na hora de Eleanor conhecer seus pais.

“ -Tem certeza de que quer que eles me conheçam?
 -Sim. Quero que todos a conheçam. Você é minha pessoa favorita. ”   

         A família de Park aceita bem o namoro, mas a de Eleonor não. Eleanor conta a mãe, que pede para Eleanor não dizer nada ao padrasto. Este descobre o romance dos dois jovens e passa a perseguir Eleanor até que ela se vê obrigada a fugir de casa e pedir abrigo a um tio que mora em outra cidade.
         Eleanor quer ir sozinha, mas Park não permite e sem avisar os pais, pega o carro e leva Eleanor até a casa do tio.

“ –Acha que eu me importo com isso agora? –Segurou o rosto dela nas mãos.           
-Acha que me importo com qualquer coisa além de você? ”

         Ao ser deixada na casa do tio, os jovens se fazem várias promessas de ligações e cartas, mas com o tempo se afastam e eles percebem que esse namoro não passou de um extraordinário romance adolescente.

Resenha do Filme "Lion: uma jornada para casa


Por João Vitor Eufrásio Castro

Lion: Uma Jornada Para Casa. Direção: Garth Davis. Produção: Iain Canning, Emile Sherman, Angie Fielder. Estados Unidos: Entertainment Film Distributors, 2017. Netflix (118 min.).

O diretor Garth Davis nasceu em 1974 em Brisbane, Austrália. Já dirigiu programas para a televisão, comerciais e filmes. Em 2017 no Brasil, estreou o filme Lion: Uma Jornada Para Casa, um drama baseado em fatos reais. O filme conta a história do indiano Saroo (Sunny Pawar e Dev Patel), um garoto que, juntamente com a família, vivia cercado pela pobreza, em uma cidade chamada Ganesh Talai, Índia.
Aos cinco anos, Saroo, se perdeu do irmão mais velho, Guddu (Abhishek Bharate), numa estação de trem de Burhanpur, Índia. Pouco tempo depois ele foi parar em um trem, onde passou dias até parar em Calcutá. Ele não compreendia a língua, passou fome e foi perseguido por sequestradores de crianças. Após algumas semanas na rua, ele foi colocado em um orfanato, onde viveu um tempo.
Ele não teve sucesso em encontrar sua família, mas, felizmente, foi adotado por John Brierley (David Wenham) e Sue Brierley (Nicole Kidman), um casal australiano que morava na Tasmânia.
Eles eram um casal que acreditava no mundo como um lugar onde já havia muitas crianças, por isso adotaram e cuidaram muito bem de Saroo. A família resolveu adotar outro garoto, Mantosh (Divian Ladwa), que também era indiano e ficou bastante traumatizado por causa do período em que viveu na rua. Os dois irmãos nunca se deram bem.
Vinte anos se passaram. Saroo e Mantosh continuavam com dificuldades no relacionamento, porque Mantosh tinha um temperamento agressivo, com dependência química, o que deixava sua mãe muito preocupada. Esse fato fazia Saroo se afastar dele, porque não gostava de ver o sofrimento da mãe. Saroo, então, vai para os Estados Unidos estudar.
Na faculdade, em uma confraternização entre amigos, ele conta sua jornada de quando era pequeno. Um de seus amigos sugere que Saroo utilizasse o Google Earth para localizar a estação de trem onde se perdeu do seu irmão Guddu. Com a ajuda de sua namorada Lucy (Rooney Mara), ele encontra a estação de trem. Com o apoio de seus pais adotivos, viaja até Ganesh Talai, com o sonho de reencontrar a família, porque embora o sentimento de gratidão e amor pelos seus pais adotivos fosse muito grande, ele nunca esqueceu o carinho de seu irmão Guddu e o zelo de sua mãe biológica, uma mãe que, apesar da pobreza, fez de tudo por seus filhos. 
Finalmente reencontra sua família. Emocionado ao ver sua mãe biológica, não deixa de amar Sue, que também é sua mãe. Ali ele recebe a triste notícia que seu irmão Guddu faleceu, mas consegue superar e promove o encontro de seus pais adotivos com sua mãe, numa cena emocionante.
Na vida nós precisamos ser como Saroo: quando enfrentarmos um problema, devemos nos agarrar naqueles que nos apoiam e ajudam, para que assim, no futuro possamos vencer. 
Por ser um filme real e com uma lição muito importante, é recomendado para todas as pessoas.

quarta-feira, 15 de julho de 2020




Por Beatriz Lacerda Miranda.


BOWEN, James. Um gato de rua chamado Bob. 1 Edição Brasileira, Ribeirão Preto SP, Novo Conceito Editora, 2017.

“Às vezes é preciso sete vidas para salvar uma”
       
      Em Um gato de rua chamado Bob, o livro que deu origem ao filme, o autor e artista de rua James Bowen conta a história de como conheceu seu amado gato Bob.  James é um musico de rua lutando para sobreviver em Londres. Após passar por diversos conflitos em sua vida acaba se viciando em drogas e vivendo do pouco que consegue nas ruas movimentadas de Londres com a sua arte.
       Mas a história toma um rumo diferente quando, em um dia comum, James encontra Bob, um belíssimo gato laranja, nos corredores de seu prédio. A princípio James procura o dono do gato, porem ao perceber que provavelmente se tratava de um gato de rua, decide leva-lo ao veterinário. Logo depois de saber que estava tudo bem com Bob, James o leva para casa, na esperança de que o gato voltasse de onde veio, mas os planos de Bob eram outros.

“Acho que você quer ficar –Falei baixinho para ele. ”
       
        James então decide colocar o gato para dentro de casa e sair para “trabalhar”, mas sempre que chegava na rua, Bob estava logo atrás.

“Fique aí, você não pode ir para onde estou indo- disse. ”
        
          O personagem, então, se dá por vencido e deixa Bob acompanhá-lo. No caminho é parado por várias pessoas querendo fazer carinho e perguntando sobre o gato.

                   Ele é seu? – Disse ela, acariciando-o.
-Acho que sim- respondi. ”

        Ao voltar para casa James percebe que ganhou bem maios do que de costume e então se permitiu esbanjar um pouco, comprando uma comida melhor e também ração para Bob. Com o passar dos dias com James tocando nas ruas de Londres e Bob, deitado sempre ao seu lado, as pessoas que por ali passavam se acostumaram com a presença daquela dupla dinâmica.
      James então percebe que precisa mudar de vida já que agora tem mais alguém para cuidar. Arruma um emprego como vendedor de revistas ambulante e Bob, como sempre, o acompanha e ganha até um crachá especial de funcionário felino. 

“Você viu isso, Bob? - Disse a ele- Parece que somos oficialmente uma família”
“É Bob, parece que somos eu e você contra o mundo. ”
     
        Então graças a um pequeno felino laranja, James adquire responsabilidade, se livra de vez das drogas, melhora um pouco sua condição de vida e se torna “visível ao mundo”. E Bob encontrou um lar onde é muito amado.

“Todo mundo precisa de um tempo, todo mundo merece uma segunda chance. Bob e eu agarramos a nossa...”
       
         O livro mostra uma história incrível de superação e mostra que as vezes, você só precisa de uma mãozinha, ou nesse caso, de uma patinha. Para você, que ama animais e acredita na vida.                                                                                                                                                                                                                       

Resenha Livro: Lembra aquela vez, de Adam Silveira




Por Eduarda Oliveira


SILVERA, Adam. Lembra aquela vez. 1. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.
         Adam Silvera nasceu e cresceu em Bronx. Ele era livreiro antes de entra no ramo editorial infantojuvenil, gestor de comunidades e de redes sociais, e ainda como crítico de livros para adolescentes e adultos. É autor de vários de bestsellers. E é alto porque sim.
         Lembra aquela vez mostra a história de Aaron Soto, que está em recuperação após uma tentativa de suicídio, assim que viu seu pai morto com a própria navalha de barbear. Aaron tem um grande apoio de sua mãe e sua namorada Genevieve .
          Aaron vê a notícia de que um instituto está realizando um procedimento que retira as memórias dolorosas (Leteo), mas isso não seria o suficiente. Então depois de uma viagem da sua namorada, Aaron conhece um novo residente na área, Thomas. Um jovem, que parece não ter um bom direcionamento com a vida. Com o tempo essa amizade vai se fortalecendo e algo a mais vai crescendo além da amizade para Aaron.
           Infelizmente esse amor não é correspondido. E com mais esse sofrimento, ele percebe que existe algo de estranho em sua vida, ele descobre que é gay. E que as coisas não se encaixam do jeito que imagina. Seu irmão age de forma grosseira, e seu antigos amigos não aceitam a sua sexualidade, e dão uma surra nele.
           Aaron, então, decide que irá fazer o procedimento Leteo, para ver se isso irá ajudar a esquecer da sua sexualidade, porém o procedimento não dá certo. Não irei contar mais detalhes da história pois algumas surpresas acrescentam demais para o enredo.
           O que também me surpreendeu foi a mãe sempre apoiando ele e isso nos mostra que nem sempre todo mundo vai te oprimir, sempre tem alguém para te apoiar, e fazer com o que você não desista de quem quer se tornar ou ser, ''Obrigada por ser honesto comigo, Aaron. Já falei isso antes e não me canso de repetir: eu sempre te amarei do jeito que você for.''
             O livro me me deu a sensação de caminhar em um lugar desconhecido, onde pouco a pouco as coisas e pessoas formam e compõe um cenário complexo e diferente.
Aaron consegue fazer você pensar se você seria capaz de realizar um procedimento para esquecermos ou alterar alguma memória nossa,e se seria possível ser feliz fugindo de alguém que você é ou já foi.

Se os cegos são capazes de encontrar a alegria
na música, e os surdos podem descobri-la nas
cores,eu vou me esforçar ao máximo para sempre
encontrar o sol em meio a escuridão, porque
minha vida não é um final triste, mas uma série
interminável de começos felizes.  (Aaron Soto)

             No geral, Lembra Aquela Vez foi uma surpresa, pois entrei na leitura pensando em um romance divertido, e saí com meu emocional destruído, mas que no final é uma coisa boa na leitura, porque te dá uma esperança, mostrando que nem tudo precisa está bem, para as coisas serem absolutamente felizes, e que se você está bem com as pessoas ao seu redor, já podemos ter finais felizes.
            Mas o livro me surpreendeu do começo ao fim, é um livro bastante complexo, e que te prende bastante a atenção, o autor não deixou de colocar pautas polêmicas em meio ao livro como: suicídio, depressão, homofobia.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Resenha do livro "Contra todas as probabilidades do amor" de Rebekah Crane


Por Beatriz  Miranda Lacerda


CRANE, Rebekah. Contra todas as probabilidades do amor. 2 Edição Brasileira, Barueri SP, Faro Editora, 2019.

“Quando se tem esperanças...Ainda pode mudar tudo”

       
    É o que diz a professora e escritora Rebekah Crane, em seu livro: Contra todas as probabilidades do amor.
       Você pode encontrar o amor onde menos espera, como nos mostra a personagem Zander que, ao ser mandada para o acampamento Pádua, destinado a crianças problemáticas, na tentativa de cumprir as atividades diárias do acampamento, junto com seus amigos Cassie (anoréxica), Alex (mentiroso compulsivo), acaba descobrindo o amor em Grover (um “pré-louco”).
       Mas, como nada na vida desses adolescentes é um mar de rosas, Zander e Grover terão que lidar não apenas com seus próprios surtos e crises, mas também com amigos ciumentos e problemáticos.
       
“Eu matei uma pessoa-Tim responde com a boca cheia de comida-E na verdade o meu nome é Pete.
Certo e quem você matou, Pete? –Grover indaga.
Ninguém, eu só estou brincando de novo. Meu nome mesmo é George. ”
“Cassie pega sua mochila vazia e vira de cabeça para baixo. Uma enxurrada de embalagens de remédios se derrama sobre a cama, remédios para emagrecer. ”
        
      No acampamento onde o intuito é “curar” crianças e adolescentes problemáticos e incentivá-los a lutar pela vida, a autora usa o amor como o principal remédio para esse jovem casal.

“Nós estamos transbordando de vida - Zander.”
          
          O livro traz com muita precisão a ideia de que o amor aparece no momento certo e onde menos se espera.
         Em meio a tanta confusão, será que sobra espaço para o amor? Bom, a autora deixa claro que sim, mostra que mesmo na dificuldade podemos encontrar uma saída. Isso é uma das coisas que faz o livro encantador, divertido e doce, capaz de deixar você com um grande sorriso no rosto.
          É totalmente recomendável para todos os jovens e adultos loucos de amor.

Resenha Livro "A Última Grande Lição" de Mitch Albon



Por Eduarda Oliveira


ALBOM, Mitch. A Útima Grande Lição. 19. ed. Rio de Janeiro: Sextante,2018.

        Obra composta por 160 páginas, relatada por Mitch Albom, sobre o tempo em que passou com seu professor e amigo Morrie Schwartz.

          Mitch, um jovem que tinha o sonho de ser um músico famoso, entra na Universidade de Brandeis e conhece aquele que seria seu melhor amigo e que passaria os ensinamentos mais preciosos e que mudariam seu jeito de observar e agir, o Professor e Doutor em Sociologia, Morrie Schwartz. Logo após se formar,  Mitch viaja à Nova York onde tenta encontrar trabalho em sua área e não consegue. Então, volta a estudar e se forma em Jornalismo conseguindo seu primeiro trabalho como redator de esportes.
          Conheceu uma mulher e se casou, começou a ganhar dinheiro de uma forma exagerada que nunca imaginava, e com o passar dos anos e com o pouco tempo que tinha, seu velho amigo e professor foi deixado de lado.
         Em sua casa, no fim de uma noite, passando os canais na TV, algo prende a atenção de Mitch. Era Morrie sendo entrevistado por um apresentador que queria saber sobre sua vida e a doença que foi diagnosticado ELA  (Esclerose Lateral Amiotrófica) “Estou fazendo a última grande viagem aqui, e as pessoas querem que eu lhes diga o que devem pôr na bagagem’’. Ao ver a situação em que o seu velho amigo passava, Mitch sente-se na obrigação de visitá-lo e a partir desse dia decide fazer visitas semanais ao seu professor.
        Todas as terças-feiras, os dois conversavam sobre diversos assuntos e Mitch ficava ainda mais atento sobre seu modo de vida, vendo que Morrie nunca encarava a morte como o fim.
Morrie relata fatos que aconteceram com ele e mostra através disso como a vida é importante e como deve ser valorizada e aproveitada falando de variados assuntos, falando até sobre as emoções e que devemos sentir até a solidão ‘’Abra-se, deixe as lágrimas correrem, sinta a solidão em sua plenitude, e chegará o momento em que poderá dizer: muito bem esse foi meu momento de solidão, e não tenho medo de senti-la, mas agora vou me afastar dessa solidão e reconhecer que existem outras emoções no mundo e que quero experimentá-las também.’’
       Em cada visita, Mitch via seu velho amigo com uma dificuldade diferente, a doença avançava e devastava o corpo do querido professor e mesmo diante da situação em que ele se encontrava, não deixava-se abater, sempre tinha um de seus pontos positivos em mente. Como quando não pôde mais fazer suas necessidades sozinho ‘’ É como voltar a ser bebê, alguém para me dar banho. Alguém para me erguer. Alguém para me limpar. Todos sabemos ser crianças. Está dentro de nós’’.
        Na décima quarta semana de visita de Mich ao professor, e numa manhã de sábado, Morrie acaba falecendo. ‘’Enquanto pudermos amar uns aos outros, e recordamos a sensação de amor que tivemos, podemos morrer sem desaparecer. Todo amor que criamos fica. Todas as lembranças ficam. Continuamos vivendo. Nos corações daqueles que tocamos e acalentamos enquanto estivemos aqui.’’- Morrie 
          O livro ‘’A Última Grande Lição’’ é de fácil leitura e bem compreensivo, mostra de uma forma linda e com grandes ensinamentos o sentido da vida.
          Durante a obra é visto como a presença da família e de amigos é essencial no suporte de uma pessoa doente, mostra como é imprescindível o contato e o apoio dessas pessoas em momentos de dificuldade. “Quem não tem o apoio, o amor, os cuidados de uma família, não tem muito com o que contar. O amor é supremamente importante. Como disse o nosso grande poeta, Auden: Amem-se uns aos outros, ou pereçam.’’
         Mostra também que você deve se manter firme forte e feliz mesmo diante de uma doença. ‘’Ele não se entregou e nem se envergonhou da morte decretada. Decidiu que faria a sua morte o seu derradeiro projeto, o ponto central de seus dias.’’
           Uma boa narrativa, um bom enredo. Bons momentos filosóficos que nos conduzem à reflexão sobre o real sentido da vida. Não é um livro de auto ajuda. Pelo contrário, uma obra na qual podemos nos espelhar e construir mudanças em nossa existência.

           Mitch Albom é músico, radialista, roteirista, autor best-seller entre outros. Nasceu em 23 de Maio de 1958, em New Jersey, casado com Janine Sabino, possui diploma em Sociologia e Jornalismo. É um autor reconhecido internacionalmente com milhões de cópias de livros vendidas em diversos países.

Resenha do Filme "Jogada de Rei"


Por João Vitor Eufrásio Castro


Jogada de Rei 2013 📕♟ (Filme baseado na vida real). Direção: Jake Goldberger. Produção de Jim Young e Tatiana Kelly. YouTube. Publicado em: 14/03/2020. 121 min. Disponível em: https://youtu.be/UBcivqMXd2s. Acessado em: 15/06/2020.

            Jake Goldberger nasceu em Nova Iorque, 12 de maio de 1977 e é diretor, roteirista e autor de algumas obras. Uma de suas obras foi o filme Jogada de Rei, um drama que foi lançado em 2014 e conta uma emocionante história real, de superação!
            O personagem principal do filme é Eugene Brown (Cuba Gooding Jr.), um ex‑presidiário de Washington, que após obter sua liberdade, tenta refazer a vida como faxineiro, numa escola pública, onde os alunos são problemáticos.
            Um dia ele se vê diante da turma de alunos rebeldes, porque a professora abandona a turma. Ele então, tem a ideia de ensinar o jogo de xadrez, criando um clube para afastar aqueles jovens e adolescentes da rua e da criminalidade. Entre os alunos sobressaem Amendoim (Kevin Hendricks) e Tahime (Malcolm Mays). São meninos bons que se deixam influenciar por um colega que já está na marginalidade e no crime. Amendoim recebe influencias fortes de Eugene, mas fica dividido entre o bem e o mal e acaba sendo morto no lugar de Tahime. Antes de morrer, entrega a Tahime a peça do jogo de xadrez, o rei, presente de Eugene.
           Essa peça, o rei, Eugene recebeu, no presídio, de um amigo que fazia com ele reflexões profundas sobre a vida, quando jogavam xadrez. E foi ensinando a Eugene que as escolhas, as estratégias, as técnicas do jogo são como a vida: exigem de nós disciplina, paciência e planejamento. Uma visão mais inteligente para proteger o rei. O foco durante o jogo deve ser defender o rei! Todas as peças precisam ser movimentadas buscando o cheque mate! Cheque mate é a jogada final, a vitória do rei. Assim deve acontecer na vida! Precisamos ter um objetivo, ter um sentido estratégico para desenvolvermos a nossa vida como o jogo, buscando o cheque mate, ou seja, a vitória!
           Apesar de Tahime estar envolvido no crime, na morte de Amendoim, Eugene continua acreditando em seu talento como jogador de xadrez.
    Com o tempo Tahime se torna um grande jogador e participa de seu primeiro campeonato. E com muito esforço e dedicação conquista o segundo lugar.
        O clube de xadrez de Eugene se torna famoso e através do xadrez, ele inspira mais jovens e adolescentes a deixarem de fazer coisas que poderiam prejudicar suas vidas.
         Esta obra cinematográfica nos ensina muito sobre a vida. Aprendemos que assim como no xadrez, na vida nos temos que planejar, pensar antes de agir e pensar nas consequências de nossos atos. Eugene disse: “Devemos proteger o rei, porque só temos uma vida”, devemos planejar nossas escolhas. Recomendo para todas as pessoas, porque esta obra contém ensinamentos valiosos!