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domingo, 22 de novembro de 2020

Reflexões sobre "A importância do Clube do Livro"

 


O estudante do IFMG campus Arcos, João Vitor Eufrásio Castro, nos conta suas reflexões a partir da live A importância do clube do livro para o incentivo à leitura no IFMG, Youtube.com/Bibliotecas IFMG, 2020.

             No dia quatro de novembro de 2020, ocorreu uma live do YouTube no canal: Bibliotecas IFMG. Foram quatro convidadas: Maria Paula Moreira Alves, Leda de Souza, Alícia Gomes e Aline Arruda. As três primeiras são alunas do IFMG Campus Sabará que representam o clube do livro de Sabará, e a última é Professora do IFMG Campus Betim e coordenadora do projeto de ensino Clube do Livro: Ação Compartilhada de Leitura no IFMG Campus Betim. Elas explicam a importância do clube do livro para o incentivo à leitura no IFMG.

            A professora Aline Arruda começa a falar primeiro. Ela destaca que agora devido a pandemia o clube do livro de Betim se reuni uma vez ao mês de forma on-line, eles perceberam que estão alcançando mais pessoas on-line do que presencial. Trabalham com leitura e debate de contos, um dos objetivos é fazer com que cada aluno demonstre o que sentiu durante a leitura dos textos. Eles já leram obras de autores africanos, indígenas, negros.

            Na live, Aline usou muitos conceitos e falas de autores conhecidos,  para ela duas frases muito importantes que têm haver com a leitura são: “O direito de ler e de escrever”, “O direito a literatura”. Ela também pontua que “um Brasil democrático seria um Brasil onde as pessoas têm direito a literatura”, “a leitura é um direito histórico e cultural”. É necessário professores que têm acesso ao ensino e a leitura, para que eles possam ensinar os alunos, as escolas necessitam ser bem equipadas em relação a leitura, é necessário mais tempo livre nas escolas para que os alunos possam se dedicar a leitura.

            As três alunas de Sabará tomaram a iniciativa de criar o clube do livro no IFMG pela necessidade de ler fora das aulas e de fazer com que alunos adotem o hábito da leitura. Com a pandemia, os encontros estão ocorrendo através de plataformas digitais, como o Google Meet, WhatsApp, Google Classroom e entre outros.

            O clube é democrático, todos podem opinar em livros que desejam ler, eles focam em opiniões entre os membros do grupo e escolhem os livros que podem acrescentar no conhecimento. Eles estudam sobre os autores e depois cada um tem um tempo para ler, ao final acontece um último encontro para debater sobre o livro. Alguns dos livros que o clube fez a leitura são: 1984, George Orwell; Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley; Hilda Furacão, Roberto Drummond; Contos Exemplares, Sophia de Mello Breyner Andresen.

            Durante esta live eu percebi que clubes do livro, como os de Sabará e de Betim, podem ajudar alunos a se sair melhor em outras matérias, distrair os alunos do cansaço das aulas, divertir e entre outros. Eu, por exemplo, nunca fiz parte de um clube do livro, porém tenho vontade e gosto muito de ler livros de ação e ficção no meu tempo livre.


Reflexões sobre "Minas Gerais e suas literaturas fantásticas".

Live Minas Gerais e suas literaturas fantásticas. Youtube.com/BlibiotecasIFMG, 2020.

A aluna do IFMG campus Arcos, Eduarda Oliveira, reporta algumas reflexões sobre os autores modernos de Minas Gerais.

Os convidados, Victor Alves - professor da área de automação no IFMG Betim e escritor de livros de ficção, e Gladston Mamede, bacharel e doutor em Direito pela UFMG, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, e autor de livros jurídicos e de ficção, falam  sobre Minas Gerais e experiências literárias.

Vitor falou que a seu interesse pela literatura começou desde criança, quando era leitor, pois tinha vontade de criar seus próprios universos e ele começou a escrever seu primeiro  livro de suspense na graduação de engenharia.

Já Gladston, quando tinha 7 anos, escreveu uma redação com 8 a 10 páginas, e foi um escândalo, e ele sempre usou o texto como uma forma de organizar uma angústia, um discurso e uma maneira de pensar, ele sempre leu muito.

E por mais que eles são de outras áreas, isso não mudou nada, Gladston deu exemplo de Monteiro Lobato que era fazendeiro empresário e virou um grande escritor.

Os professores apresentam seus livros para seus alunos, e eles acabam amando e criando interesse pela leitura e até começam a criar uma intimidade maior além de aluno e professor.

Durante a pandemia, eles tem o hábito de ler mais, pois eles precisam de um novo universo para fugir de tanta notícia ruim e fatalidade que passa na televisão. Com esse novo senário, eles estão tendo bloqueios para criação de novos livros.

Os livros já previam a pandemia, e infelizmente as pessoas não tem a consciência de tudo que está acontecendo, e acabam esquecendo que há bibliotecas para terem conhecimento e esquecerem de tudo que há acontecendo.

O professor Victor Alves já pensou na hipótese de estar indo para algum lugar diferente da engenharia, mas conhecimento nunca é demais, e se você for pensar em seguir para algum lugar diferente, não é nada que irá acontecer do dia para noite, requer tempo e estudo, é só tomar o cuidado de uma área não atrapalhar a outra.

O Gladston pensa diferente, você pode ser tudo, e a arte ela é algo que fica incomodando, e acaba te levando a ela. Agora, para você conciliar áreas distintas requer treinamento. E se você tem algum talento artístico, não deixe, se sua alma quer se expressar, pegue os pinceis e vá em frente.

Para evitarem bloqueios criativos, eles sempre andam com algum caderno na mão e uma caneta, para quando as ideias virem, elas não serem esquecidas.

Gladston faz suas histórias todas em Minas Gerais, já o Victor não, porém ele está fazendo um novo livro que irá se passar, pois em Minas tem uma cultura fantástica.

A live foi de bastante aprendizado, e aconselho todos amantes da leitura verem, pois foi um debate maravilhoso e de bom aproveito.

Com essa live aprendi que a leitura é muito mais além de só ler, você cria um novo universo, ela te encaminha para outros mundos e te faz pensar muito além, passamos a analisar de forma mais racional e inteligente os fatos que acontecem ao nosso redor, sem nos deixar levar pela opinião alheia, evitando, assim, nos tornarmos pessoas alienadas, que não conseguem formular opiniões, conceitos e dar sugestões por conta própria.

“Um livro organiza sua cabeça, um livro te faz pensar melhor, ele te oferece mais referência, ele multiplica seu olhar”.  Gladston Mamede.

 



sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Reflexões sobre a autora Carolina Maria de Jesus e sua obra.


Neste Dia Nacional da Consciência Negra, gostaria de registrar o texto da aluna no IFMG Campus Arcos, Beatriz Lacerda Miranda, sobre a autora Carolina Maria de Jesus e seu legado, a partir do evento "Bibliotecas IFMG".

Live Carolinas: mulheres negras na literatura brasileira, Youtube.com/Bibliotecas IFMG, 2020.

Carolina: Mulher, negra e revolucionária”

      As convidadas, Amanda Crispim Ferreira – Professora UEL e pesquisadora de literatura negra e escrita feminina e Juliana Silva Santos – Professora do Campus Ibirité e coordenadora do Grupo Carolinas (grupo de estudos sobre mulheres e interseccionalidades) trazem na live um pouco da História da escritora Carolina Maria de Jesus.

      Carolina Maria de Jesus, escritora negra e favelada, nascida por volta de 1914, viveu em um país com um contexto de mais de três séculos de escravidão institucionalizada, tomou a pobreza quase como uma herança do sistema colonial.

“27 de maio de 1958: (...) parece que quando eu nasci o destino marcou-me para passar fome. (JESUS,2019, p.39)”

       Mulher, negra, pobre e mãe solo, Carolina assumiu o risco de falar. Falava, não por que, mas apesar de, toda a sociedade dizer que não devia, que se silenciasse. Ela usa “quarto de despejo”, que depois veio a se tornar o nome de sua obra, como uma metáfora para as pessoas que a sociedade vê como o resto.

 “4 de julho de 1958: (...) o que deixou-me preocupada, foi o prédio ter 82 andar, ainda não li que São Paulo tem prédio tão elevado assim. Depois pensei, eu não saio do quarto de despejo, o que posso saber que se passa na sala de visitas.”

          Carolina, usa suas obras como um desabafo, escreve memorias, não só individuais como coletivas, de uma herança da escravidão e da vivencia dos efeitos dela no cotidiano.  Um exemplo, é o Festival do Escritor Brasileiro em 1961, onde ela foi quase que “folclorizada”, por ser a única negra em meio a tantos outros escritores, além de ter sido “esquecida” na reportagem do evento, onde ela não teve o nome citado, ainda lhe foi dito que “Ela deveria ser mais modesta”. 

          Ou seja, ela era vista como uma afronta a sociedade, a um país racista, classista e machista, onde toda hora lhe era questionado “porque você, uma nega metida, está ousando falar?”

        Carolina teria sido muito mais, se a sociedade não estivesse sempre tentando jogá-la para baixo, e ela mesmo assim, ousava.

“Uma mulher negra feliz, é um ato revolucionário.”

         Ela reconstrói imagens de controle, reconstrói a imagem da mulher negra serviçal, trabalhadora braçal, raivosa, ignorante e estabelece o amor próprio, ela se coloca, como protagonista da sua vida.

Eu escrevia peças e apresentava aos diretores de circos, e eles respondiam-me: É pena você ser preta. Esquecendo eles que eu adoro a minha pele negra e meu cabelo rustico, se é que existe reencarnação, eu quero voltar sempre preta.”

      Ao acessar a palavra poética, Carolina subverte o lugar imposto para as mulheres negras na sociedade, a servidão.

Eu disse: meu sonho é escrever.

Responde o branco: ela é louca, o que as negras devem fazer é ir pro tanque lavar roupa.”

       Carolina não nasceu rodeada de livros, mas de palavras. Ela nasceu em uma casa, que ela tem ali o seu avô, que ela carinhosamente apelidou de Sócrates africano, que era um Griô, então ela cresce ouvindo as histórias de seu avô.

      Ainda que pouco, Carolina teve letramento, cresceu ouvindo literatura e passou dois anos na escola, onde era a primeira da turma.

      Seu primeiro momento de escrita, em 1937, foi quando ela escreveu uma quadrinha para uma freira, que iria ser transferida, e como uma homenagem ela escreve uma quadrinha.

    Em 1940, o jornalista Ville Aureli faz uma reportagem com Carolina, onde ela é colocada pela primeira vez como poetisa e também quando ela tem a sua primeira publicação, que foi o poema  O Colono e o Fazendeiro.

    A partir daí, ela começa a ser reconhecida na cidade como poetisa, e começa a viver para o seu ideal, que é viver de literatura, não só no sentido psicológico, que ela usa inclusive em um de seus trechos refletindo a vida na favela, mas no sentido literal.

“É preciso criar um ambiente de fantasia na favela, para poder sobreviver a favela.”

    Conhece Audálio Dantas no início de 1958, jornalista que propôs que ela escrevesse um diário, prometendo publica-lo. Então Carolina escreve um diário, já sabendo que ele seria publicado, nesse momento ela traz a ideia de um diário como um gênero literário, o jeito que ela escreve, como ela coloca trocadilhos e metáforas, como ela mistura o discurso direto e o indireto, tudo faz parte do projeto estético que ela vai apresentando para o leitor, para mostrar que ela era uma escritora e uma intelectual a frente do seu tempo.

     O acordo com Audálio Dantas não foi de todo bom, Carolina sofria censura por seus editores, ela queria recitar seus poemas e eles não deixavam, ela queria dançar, atuar, e eles não deixavam, queriam que ela continuasse sempre ali, como a mulher do diário. Coisa que o próprio Audálio Dantas deixa muito claro já na abertura de Casa de alvenaria.

“[...]você contribuiu poderosamente para a gente ver melhor a desarrumação do Quarto de Despejo. Agora você está na sala de visitas e continua a contribuir com este novo livro, com o qual pode dar por encerrada a sua missão. Conserve aquela humildade, ou melhor, recupere aquela humildade que você perdeu um pouco- não por sua culpa- mas no deslumbramento das luzes da cidade. Guarde aquelas suas “poesias”, aqueles “contos” e aqueles “romances” que você escreveu. A verdade que você gritou é muito forte, mais forte do que você imagina, Carolina.”  (DANTAS, 1961)

         Além disso, era explorada, escrevia e vendia seus livros, mas não recebia. Por ser uma mulher, mãe e sem marido, só conseguiu ser publicada com a influência de um homem branco, homem esse que ordenava a seus editores que não lhe entregassem dinheiro. 

      “Escrevi o Quarto de Despejo, para ter dinheiro e não tenho dinheiro por que o senhor Dantas deu ordem a seus editores internacionais para não me dar dinheiro. Por que é que eles não fazem isso com os escritores brancos?”

        Carolina foi uma mulher que inaugurou uma tradição literária de mulheres negras, ao se infiltrar na literatura, Carolina vai trazendo outras mulheres negras para a literatura, Carolina questiona a ideia de livro, de autor, e assim ela inspira outras mulheres, ela abre esse caminho para que outras mulheres possam caminhar e falar, assim como ela.

       “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela.” -Angela Davis 


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Resenha do filme "O menino que descobriu o vento" (2019)


 Por João Vitor Eufrásio Castro


O menino que descobriu o vento. Direção de Chiwetel Ejiofor. Reino Unido: Gail Egan, Andrea Calderwood, 2019. Netflix.

            O diretor do filme é Chiwetel Ejiofor. Ele é um ator britânico que nasceu em 1977 no Reino Unido. Chiwetel além de ser o diretor deste filme drama, também foi ator deste mesmo, interpretou o pai do personagem principal: William Kamkwamba. É mais conhecido por suas obras da Marvel, interpretava o personagem pantera negra.

O filme é baseado em fatos reais, conta a história de William Kamkwamba (Maxwell Simba). Ele era um menino inteligente que juntamente com sua família viviam em um vilarejo em Malawi, um dos países mais pobres da África.

Certo dia, o tio de William morre, ele era dono de terras que compunham grande parte das árvores daquela região. As terras foram passadas para Jeremiah, um homem que não era muito inteligente.

O governo ofereceu dinheiro para Jeremiah em troca das terras, o governo queria cortar todas as árvores. Jeremiah não ouviu seus companheiros e acabou vendendo as terras. Como consequência as chuvas alagaram as plantações, diminuindo a colheita.

Quando chega o período de secas a fome é um problema para toda a população. William teve que deixar de estudar porque seus pais estavam ficando sem dinheiro.

Sua família sofreu muito, foram roubados e estavam sem saber o que fazer. William com seus conhecimentos sobre eletricidade que havia obtido na escola teve uma grande ideia. Um de seus professores utilizava um dínamo em sua bicicleta, quando ele pedalava gerava energia capaz de acender um farol. William estudava na biblioteca de sua velha escola escondido, através de um livro ele percebeu que com o dínamo podia trazer a água de volta.

Mas precisava de ajuda das pessoas que viviam ali para construir, seu pai que nunca havia estudado acreditava que isto era bobagem e por isso o obrigava apenas a trabalhar. A mãe de William convenceu seu pai a dar a ele sua bicicleta e também a ajudá-lo. Com uma bicicleta velha e equipamentos velhos todos ajudaram William e eles construíram um moinho de vento. O moinho produzia energia e com isso conseguia trazer água de um poço, a agricultura voltou a ser possível e eles recuperaram as plantações. Nunca mais eles tiveram que enfrentar a seca.

Todos ficaram orgulhosos de William, principalmente seu pai, que achava que isto era uma ideia tola. William recebeu uma bolsa de estudos e hoje frequenta a faculdade em Johanesburgo, na África do Sul.

Através deste filme aprendemos que nossos problemas não podem nos impedir de fazer a diferença. Eu recomendo este filme para pessoas que gostam de histórias reais e inspiradoras.


Resenha do livro "Um Milhão de Finais Felizes", de Vitor Martins

  


Por Eduarda Oliveira

No livro acompanhamos a história de Jonas um garoto de 19 anos e não sabe o que quer fazer da vida. Não faz faculdade, porém já tem em mente que necessita de algo haver com a escrita. Ele trabalha numa Cafeteria (Rocket Café) com temática da Galáxia, e astronautas. Jonas convive com algumas situações desagradáveis em casa, pois seu pai tem um comportamento agressivo e sua mãe com uma doutrina religiosa, mas longe de sua casa ele consegue ter paz com seus amigos Karina, Isadora, e Danilo.

Jonas tem um caderninho de anotações de ideias para livros, até que um dia um moço bonito de Barbas Ruivas (com nome misterioso) aparece no café e dá uma ideia na cabeça dele. A ideia basicamente era escrever um livro sobre piratas gays, que no caso foi inspirado na ida desse moço no café. E a partir desse dia ele começa a se questionar até quando irá conseguir esconder a verdade de quem ele realmente é para os pais.

E em uma festa no carnaval onde que o Jonas derruba uma bebida na camisa do Barba Ruiva, com o nome verdadeiro Arthur. Eles passaram a noite juntos, algumas emergências aconteceram, e os dois se separam sem trocar números. Jonas fica entusiasmado com que a ideia de que ele realmente deveria começar a dar mais valor na história dos piratas, pois ele estaria escrevendo sua história literalmente.

Dias depois Arthur consegue o número de Jonas e os limites que estavam só dentro do computador, a partir da escrita, vazam para o mundo real também.

O relacionamento dos dois começam a prosperar e a relação com seus amigos estava indo perfeitamente bem. O peso de ficar independente e ter a liberdade de construir uma história estava se tornando real.

E é partir dessa construção que as coisas ruins começam acontecer, não vou contar o final da história, pois aqui está todo o clímax do livro.

O livro é simplesmente leve de se ler, você não se cansa hora nenhuma, e esse é o tipo de livro que vai te fazer sorrir muitas vezes sem nem perceber. Vai mexer com suas estruturas, e também vai te deixar triste por ver que ele não tem apoio nenhum familiar.

“Eu não posso prever o futuro, e ninguém tem felicidade garantida pro resto da vida. Pode ser que amanhã as coisas piorem. Pode ser que você ganhe na loteria e as coisas melhorem mais ainda. A gente não tem controle de nada. Mas você não pode deixar essa falta de controle te impedir de viver o agora”

Jonas é o tipo de pessoa que eu queria muito colocar em um potinho e não tirar nunca, pois ele é doce, simpático, e divertido. Ele narrando sua história faz com que você se sente parte dela.

Os sentimentos que Jonas tem com a igreja e Deus de se culpar por ele ser daquele jeito, é um fato importante e interessante no livro.

O casal Jonas e Arthur, é aquele tipo de romance que aquece seu coração de uma maneira linda.

Além deles, minha outra personagem favorita é a Karina sua colega de trabalho, ela tem personalidade forte, e tem muita atitude, personagem que se tornou ideal para o livro. Eu amei a amizade estabelecida entre os dois e como ela cresceu até que se considerassem como irmãos, o companheirismo dos dois é lindo de se ler.

Aconselho qualquer pessoa ler, pois ele fala sobre família, amigos, e principalmente aceitação. O livro é perfeito e ele apareceu na hora perfeita para eu ler.

“Eu te amo e tenho certeza de que, mesmo passando por tanta coisa ruim na vida, você ainda guarda um milhão de finais felizes aí dentro.”

Resenha do livro "Minha vida não tão perfeita", de Sophie Kinsella

 


Por Beatriz Lacerda Miranda


Kinsella, Sophie. Minha vida não tão perfeita. 7º Edição. Rio de Janeiro, RJ. Editora Record, 2019.

 

“Um dia minha vida vai ser tudo aquilo que eu posto no Instagram...

UM DIA ELA VAI SER!”

 

     A autora britânica, best-seller, Sophie Kinsella escritora de gêneros Chick lit, Romance, comedia romântica e ficção em seu livro “Minha vida não tão perfeita” nos traz a história de Katie. 

     Katie, uma menina do interior que, ao se mudar para Londres, espelha sua vida, ou a vida que ela queria que fosse dela, em sua chefe Demeter Farlowe. Katie na verdade, mora em um apartamento com mais três pessoas e tem como seu, apenas um quarto, trabalha como estagiaria na Cooper Clemmow, e insiste em ser chamada de Cat.

        Cat tem o sonho de um dia ser como, ou até melhor, que a Demeter, e estava indo no caminho certo, ou ela achava que estava.

          Em mais um dia normal de trabalho em que Katie, ou melhor, Cat está tentando ao máximo mostrar serviço e chamar a atenção de Demeter, até que, por acidente, ela esparra com um rapaz e os dois acabam conversando bastante. Ele a convida para jantar e mais tarde Cat vem a descobrir que ele é Alex Astalis,  Um dos chefes da Demeter e também seu.

        “Eu vou almoçar com Alex Astelis!!!!”

        Conhecendo e começando a gostar de um moço legal, embora seu chefe, com esperanças de ser promovida, as coisas não poderiam estra melhores! Só que não. Por culpa de Demeter, as coisas começam a ir mal na empresa e, para cortar gastos, Cat é mandada embora.

“-Não, já entendi. É um detalhe tão trival e sem importância para você que não consegui a nem se lembrar se já tinha me demitido ou não. Eu entendo! - Você tem uma agenda muito cheia e empolgante. Reuniões... almoços... festas... despedir sua funcionária. Não é à toa que não consegue se lembrar de nada.”

         Depois de discutir com Demeter e Alex, Katie tem que voltar para casa, mas não desiste do sonho de viver em Londres. Com pais superprotetores, e receosa de que elas a impeçam de voltar, nos vê outra saída senão mentir. Então, enquanto enviava currículos e esperava resposta, resolveu dizer aos seus pais que estava em um período sebástico.

              “-Então você vai tirar um período sebástico? Como aquela senhora simpática que há alguns anos queria aprender a fazer geleia, você lembra? Um período sebástico do seu emprego na cidade grande? Seis meses, ela teve. Você acha que vai conseguir tanto tempo assim?”

          Katie volta a Somerset, e ao chegar, passa seus dias ajudando seus pais com um novo negócio de glamping. Estava mandando currículos, ajudando seus pais em um negócio que estava indo muito bem, estava tudo ótimo, certo? Errado! 

      Para o desespero de Katie, Demeter, sua ex chefe, foi passar as férias com a família justamente lá, onde Katie estava. Primeiro ela ficou receosa, de que Demeter a reconhece e contasse as seus pais que na verdade ela tinha sido demitida. Mas ao perceber que Demeter não a tinha reconhecido, Katie percebeu que aquela era uma ótima oportunidade para se vingar.

     “É isso. Finalmente vou dar o troco. Então Demeter quer coisas rurais? Quer a “experiência da vida na fazenda”? Algo “autêntico”?  Pois bem. Ela vai ter tudo isso. Pode apostar.”

          Durante sua vingança, Katie acaba percebendo que a vida de Demeter não é tao boa quanto ela imaginava ser. E que na verdade, Demeter parecia ser uma pessoa muito triste. Descobriu que ela tinha muitos problemas familiares e em seu relacionamento, e que devido a certas brincadeiras de seus funcionários, que ela não sabia ser brincadeiras deles, como esconder papeis e mudar senhas, Demeter pensava estar ficando louca.

         Com dó, Katie se revela a Demeter, se reconcilia e resolve ajudá-la, já que tinha ficado sabendo que o Alex estava vindo para demiti-la.

“Por favor. Se eu souber que ele quer me demitir, terei condições de me defender. Terei alguma chance de me salvar. Por favor, Katie, por favor...”

         Katie ajudou Demeter a se defender e a entender e resolver seus problemas, tanto pessoais como profissionais, se reconciliou com Alex, que demonstrou estar apaixonado por ela e, no fim, sua vida realmente virou tudo que ela postava no Instagram.

 Que a vida de vocês sempre combine com seus posts no Instagram.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Resenha do livro "Quatro vidas de um cachorro", de Bruce W. Cameron

 


Por Beatriz Lacerda Miranda

CAMERON, W. Bruce. Quatro vidas de um cachorro. Tradução Regina Lyra. Editora Harper Collins, Rio de Janeiro RJ, 2017.


“Todo cachorro existe por uma razão.”

 

      Willian Bruce Cameron é um escritor, colunista e humorista nascido no estado de Michigan, Estados Unidos. É mais famoso por seu romance A Dog’s Purpose (Quatro vidas de um cachorro), o livro que inspirou o filme.

      A história de um cão que, após renascer várias vezes começa a se questionar se haveria algum proposito para isso. Toby (o primeiro nome que recebeu) era um cachorro de rua, até ser levado por Bobby para um “pátio” onde haviam outros cachorros. La ele conhece Spike, o “dono” do território, mas não entendia por que devia obedecer a ele e por que ele ficava com os melhores ossos. La ele também conheceu Coco, um cão por quem tinha certa amizade.

     Dias de brincadeiras se passam até que em uma tarde, algo acontece.

“- Não! Não! Vocês não podem levar meus cachorros!

O sofrimento em sua voz era indisfarçável, e Coco e eu afagamos um ao outro, assustados. O que estaria acontecendo?”

             Após ser colocado em uma gaiola e levado para um lugar estranho Toby, com a pata doendo após um confronto com Spike, percebe dois homens falando, olhando para ele, abana o rabo, mas devido a dor só consegue ouvir: “- inadotável”.

                Toby é levado para uma sala quente, onde também estavam Spike e uma cadela muito velha. Se sentindo cansado, deita na gaiola e observa os cães ao seu redor fazerem o mesmo, e então descansa.

“Fui tomado por um cansaço tão pesado e opressivo quanto sentia, em pequeno, quando meus irmãos deitavam em cima de mim me esmagando. Fui pensando nisso - em ser um filhote – que comecei a mergulhar num sono escuro e silencioso[...].

Sem ser convidada, a tristeza que eu sentira em Bobby se apossou de mim e eu quis dar um jeito de chegar até lá e lamber a palma de sua mão, devolvendo-lhe a felicidade. De todas as coisas que fiz na vida, provocar seu riso me pareceu a mais importante, a única coisa, conclui, que dava sentido a minha vida.”

                Companheiro (o segundo nome que recebeu) acordou com uma lambida e percebeu que sua mãe agora era outra, era maior e loira, e seus irmãos não eram mais marrons e sim loiros, como ele.

            Depois de mamar, companheiro percebe uma porta aberta e resolve ir se aventurar, sai decidido a encontrar Coco, mas no caminho sente mãos ao seu redor.

- Ei, companheiro, venha cá!.”

          Colocado no banco da frente de um caminhão, companheiro observa o caminho, até que o caminhão para e o homem ao seu lado desce. Companheiro se diverte com um pano, fazendo o tempo passar, mas começa a ficar quente demais, ele deita e vai ficando fraco, então pensa: “Meu nome é companheiro", E apaga.

           Bailey (o terceiro nome que recebera) foi acordado desta vez no colo de uma moça, que tinha ao lado um menino, cujo nome era Ethan.

          Logo percebeu que ele, Ethan, era seu novo dono, Bailey cresceu ao lado de Ethan, conheceu seus amigos, entre eles Todd, um menino de quem Bailey nunca gostara. Eles tiveram várias aventuras e Bailey fora muito feliz, até a noite em que, com um estrondo no meio da noite, uma janela foi quebrada. Bailey, encontrou a pedra que foi atirada.

“Quando encostei o focinho nela, imediatamente reconheci o cheiro. Todd. “

             Mais alguns anos se passaram, Bailey e Ethan, a quem Bailey se referia como meu menino, cresciam juntos cada vez mais.

           Ethan agora já adolescente, passava mais tempo na escola, e passou a trazer uma menina para casa, Hannah. Um dia, em um passeio no parque onde Ethan jogava com os amigos, Bailey, ao lado de Hannah, assistia apreensivo Todd se aproximar.

         Na mesma noite, ele acorda com um grito da mãe e cheiro de fumaça. Fogo! Em minutos se vê do lado de fora, mas tem algo errado, cadê o seu menino?

“Afastando-se da casa, vi uma figura que a princípio pensei ser o menino, só quando essa pessoa se virou para jogar mais liquido de cheiro forte nos arbustos da entrada, consegui identificar seu cheiro: Era Todd.”

          Ele fareja e encontra o menino, machucado, caído em cima de um arbusto. 

          Bailey é colocado em um carro e levado para a casa da vovó, e por vários dias espera o seu menino voltar, mas ele já não é mais o mesmo, está cansado, com dores, e triste sem o seu menino.

        Em mais uma manhã de espera, Bailey percebeu certa ansiedade nas pessoas da casa, e se perguntou quem devia estar chegando, até que ouviu o menino.

       Sem conseguir se levantar, ele abana o rabo e sente o menino o abraçar, e logo depois, todos da família. Com a respiração áspera, percebeu a presença de outra pessoa na casa.

           “O moço bonzinho entrou, trazendo uma agulha.

Temos de fazer isso agora, Bailey não precisa sofrer.

-Está bem-disse o menino, chorando. Tentei abanar o rabo quando ouvi meu nome, mas descobri que não era capaz. Senti uma picada no pescoço.

-Bailey, Bailey, Bailey. Vou sentir saudades suas, cachorro boboca- sussurrou Ethan no meu ouvido. Seu hálito era cálito e delicioso. Fechei os olhos de prazer, o puro prazer do amor que vinha do menino, do amor dele por mim.”

          Ellie (o quarto nome que recebeu) acordou ao lado de sua nova mãe, e agora, percebeu que era femea, estava em uma loja de animais, e fora escolhida por um homem, Jakob, que concluiu ser seu novo dono.

       Ellie ainda se lembrava do menino, e sentia falta dele, mas não podia pensar nisso, era agora um cão policial e tinha treinamento a fazer. Seu novo dono, Jakob a treinou, e depois de um tempo foram a campo. Ellie não era mais um cão de banco da frente, agora, era um cão de helicóptero.

      Estava em mais um dia de trabalho, com seu novo dono, agora nem tão novo assim. Era uma perseguição, tinha que encontrar uma menininha.

      Era uma boa menina, era um bom cão policial, encontrou a menina e mordeu o moço mal, mas não protegeu seu dono, seu dono estava machucado.

      Jakob foi baleado, e Ellie, levada embora, mal se despediu de Jakob e foi entregue a Maya, aparentemente sua nova dona.

      Agora vivia com Maya e seus gatos, voltou a ser cão de companhia, seu dono Jakob ia visita-la as vezes, mas não ficava muito. Ellie agora voltou a ser uma cadela normal, que brinca com a dona.

      O tempo passa e Ellie, já velha, se sentia cansada, sem energia, sentindo dores, foi fazer o seu último passeio de carro, agora não como uma cadela de banco da frente nem helicóptero, mas no banco de traz, e dormiu.

        Sua nova mãe tinha uma cara grande e preta, e uma língua rosa, tinha voltado a ser filhote.

         Se lembrando de todas as suas vidas, se perguntava o que mais tinha para aprender, não entendia por que voltara como filhote. Foi levado para uma casa, e ganhou o nome Urso, agora pertencia a Wendy.

        Mas, Urso percebeu, não ficaria ali muito tempo, Wendy estava triste e o pai dela não gostava de Urso. O pai de Wendy, que batia em Urso, o colocou para fora e Urso, que agora não considerava aquele seu nome, fugiu.

        A estrada não era estranha, ele já esteve ali. Reconheceu então o lago, onde brincava com Ethan. Estava indo de volta para o seu menino.

       Ethan agora o dera o nome de Amigão, e para ele tudo bem, o que importava era que estava com o seu menino. Voltou a brincar com Ethan, e com suas antigas coisas, que tinham o seu cheiro.

       Em um passeio normal, reencontraram Hannah, a namorada de Ethan, agora mais moça.       Hannah, por algum motivo, o chamava de Bailey, ela o reconhecera, e Bailey não sabia como.     O tempo passou e agora Hannah, a menina, morava com eles.

          Eles eram felizes, Bailey, o menino e a menina. Mas ele ainda não entendia, o porquê de ter voltado, qual era o sentido em ter voltado para o seu menino. Até que o menino se foi, e ele percebeu que não voltara por ele, e sim por ela.

 “Entendi que ela precisaria da minha ajuda para enfrentar a vida sem o menino. [...] O luto doído e profundo que eu sabia ser inevitável logo me assaltaria, mas naquele momento o que mais sentia era paz, além da certeza de que, ao viver minha vida do jeito que vivera, tudo havia se encaminhado para esse momento. Meu proposito tinha sido cumprido”.

Esta história vivaz e emocionante encantará a todos os apaixonados por cachorros”

--Booklist.  


Resenha do filme "O menino do pijama listrado" (2008)



Por João Vitor Eufrásio Castro

O menino do pijama listrado. Direção de Mark Herman. Inglaterra: Miramax, BBC Films, Heyday Films, 2008. YouTube.

O diretor do filme, o menino do pijama listrado, é Mark Herman. Ele nasceu em 1954 em East Riding of Yorkshire, Reino Unido. É roteirista, diretor, escritor e cineasta inglês. Teve participação em outros filmes, como Um toque de Esperança e Hope Springs - Um Lugar para Sonhar.

O filme se passa na Segunda Guerra Mundial, no meio do Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Bruno (Asa Butterfield) de apenas 8 anos de idade é o personagem principal do filme. Ele vivia em Berlim, tinha uma vida muito boa, tinha amigos e família. Bruno não sabia muito sobre o trabalho do seu pai (David Thewlis), sabia que ele era um soldado muito importante e bastante respeitado. Certo dia ele recebeu a notícia que iria ter que se mudar para o campo juntamente com sua família, por questões do trabalho de seu pai. Triste com esta decisão de se mudar ele deixou seus avós e amigos.

Chegaram a uma casa grande em uma região desolada repleta de soldados, lá era onde eles iriam morar. Bruno não deixa de perceber que da janela do seu novo quarto era possível ver uma fazenda, repleta de crianças e fazendeiros que usavam pijama. Curioso, resolve perguntar aos soldados e seus familiares, porém nenhum lhe deu uma resposta convincente, resolveu descobrir sozinho.

Ao chegar ao local ele se depara a um grande cercado de arame farpado, encontra Shmuel (Jack Scanlon), um judeu da sua idade. Os dois começam a conversar e viram amigos, ambos não sabiam e não entendiam o que estava acontecendo e a época que estavam vivendo.

Bruno percebeu que os “fazendeiros” eram obrigados a fazer tarefas pesadas e eram tratados de forma rude pelos soldados. Ele e sua irmã (Amber Beattie) tinham aulas particulares com um professor, eles estudavam muito história, aprendiam que os judeus eram pessoas ruins. Porém ele era muito inocente.

Certo dia, Bruno estava conversando com seu amigo, Shmuel, que dizia que seu pai havia sumido. Bruno pega um uniforme de Shmuel e os dois começam a procurar o pai de Shmuel. Ocorre uma complicação, os soldados levam Bruno e Shmuel, juntamente com todos os outros judeus para uma câmara, onde são mortos por gás venenoso.

Sua família encontra suas vestes na beira do cercado do campo de concentração e deduzem que ele morreu.

Este filme é um drama que se passa em uma guerra. Minha recomendação é para todas as pessoas.


Resenha de "As Peças Infernais (Anjo Mecânico, Príncipe Mecânico e Princesa Mecânica)", de Cassandra Clare

Por Eduarda Oliveira

CLARE, Cassandra. As Peças Infernais (Anjo Mecânico, Príncipe Mecânico e Princesa Mecânica). Rio de Janeiro: Galera Record , 2012.

 

    Lembrando que essa trilogia se passa antes de Instrumentos Mortais, que também é da autoria da Cassandra.

    A trilogia se passa nos anos 1800, bem na época de revolução industrial. O livro começa com Tessa indo para Londres para se encontrar e morar com o irmão, pois sua tia havia morrido em Nova York. E foi aí que começou a dar tudo errado.

    Ela é sequestrada pelas Irmãs Sombrias e descobre que é uma Metamorfa, consegue se transformar em outras pessoas segurando algo que pertence a elas. Então é daí que aparece o perfeito Will Herondale para salvá- la. As Irmãs Sombrias, Sra. Dark e Sra. Black enviariam Tessa para o Magistrado (o vilão da história) para casar-se com ele. Will a tirou dessa emboscada.

    Até aí Tessa não havia descoberto o que era, e quando entra no Instituto de Caçadores de Sombras, de Londres ela descobre que é uma feiticeira.

    As pistas sobre o Magistrado caíam em De Quincey, um vampiro muito famoso no Submundo, porém foi enganado! De Quincey apenas trabalhada para o Magistrado, que possuía autômatos capazes de matar pessoas, e seu propósito era acabar com os Caçadores de Sombras.

    O final do primeiro livro foi meio confuso e o esse livro nem se compara aos outros, creio eu que seja o começo de tudo, por isso foi meio chato. A autora deveria ter colocado mais sobre a vida de Tessa antes, além de que eu teria conseguido me situar melhor na época, também entenderia melhor quem a Tessa é. O Jem também no primeiro livro ficou como o invisível, quase não apareceu, e ele é um personagem fofo, de personalidade incrível e que no futuro iria ser um personagem principal.

    No segundo livro os caçadores de sombras descobrem que tem 15 dias para encontrar o Magistrado.

    Tessa está noiva de Jem, mas não sabia que Will tinha sentimentos por ela até o dia que Jem a pediu em casamento. Ele se declarou e ela ficou sem graça e contou sobre o pedido de casamento. Nessa parte inclusive fiquei muito triste pois realmente desde o começo os dois eram O CASAL do livro.

    O segundo livro foi incrível, eu amei o triângulo amoroso, porém eu achei que a Cassandra iria colocar um pouco mais de magia, e coisas sobre o mundo de caçadores de sombras vampiros e etc. E foi do segundo livro que percebi que o romance era o ponto alto do livro.

    No terceiro livro Jem é atacado com uma maldição, que a cada dia que se passava ele ficava mais doente.

    Tessa irá casar com Jem, mas o Magistrado a sequestra e é mantida presa. Depois que Tessa é levada pelo Magistrado, Jem acaba descobrindo que Will, seu parabatai está apaixonado por sua noiva e mesmo sabendo disso tudo, pede para que ele tente resgatar Tessa antes que seja tarde demais.

    Will parte em sua jornada e Charlotte pede ajuda dos demais caçadores, mas a ajuda acaba não vindo, pois o Cônsul convoca uma reunião de última hora completamente sem sentido para desacreditar Charlotte. Os únicos que acabam aparecendo são alguns irmãos do silêncio que irão lutar ao lado dos caçadores de sombras para tentar acabar com o Magistrado e seu exército de autômatos.

    A cada minuto que se passa a vida de todos os caçadores de sombras corre perigo e acabamos descobrindo segredos sobre famílias antigas, segredos que revelam mais sobre Tessa e o Magistrado.

    O terceiro livro é simplesmente perfeito, inclusive chorei muito, pois ela soube descrever cada detalhe dos sentimentos dos personagens que foi realmente maravilhoso, sentir junto. É impossível não se emocionar com as coisas que os personagens vivenciam, principalmente a Tessa.

    Eu amei também a conexão desse livro com Instrumentos Mortais, eu li os seis livros da outra série antes de começar essa, então o começo não foi exatamente uma surpresa para mim, nem certos detalhes da história, mas o livro ainda conseguiu ser extremamente emocionante.

    Eu considero que essa trilogia foi mais romance do que qualquer outra coisa, mas um romance que todos deveriam ler, pois tudo que se envolve com magia fica muito gostoso de ler. Foi muito bom acompanhar o crescimento de cada personagem e ver como eles colocam a coragem e o amor acima de tudo, mesmo até que sejam mortos por isso.

    Outra coisa que notei foi que Will é muito parecido com Jace de Instrumentos Mortais, em questão de sentimentos, o jeito que ele lida com tudo, a aparência, pode ter sido um pouco repetitivo, porém pela árvore genealógica que está no livro, Jace é um Herondale, pode ser por isso tão parecidos, mas ela poderia ter criado outra personalidade para ele, porque a cada parte que o Will aparecia, mais eu lembrava do Jace.


sábado, 3 de outubro de 2020

Resenha do livro "Harry Potter e a criança amaldiçoada", de Jack Thorne e John Tiffany

 


Por Eduarda Oliveira

THORNE, Jack; TIFFANY, John. Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Rocco. 2016.


    A história se passa em 19 anos depois da segunda guerra bruxa, batalha entre Harry Potter e Voldemort.

    Harry Potter agora é um funcionário ocupado do ministério da magia, Hermione virou a ministra, e Rony é dono de uma loja no beco diagonal.

    O livro começa no final do último livro, quando Alvo Severo Potter irá iniciar seu primeiro ano de estudos em Hogwarts. Alvo fica aflito caso se o chapéu seletor o escolhesse para Sonserina, e é isso que acontece.

    Alvo é uma criança com crises existenciais e sofre com perseguições dos outros alunos, por ser um Potter e por não ser da casa de Grifinória. Como se isso não fosse o bastante, o menino Alvo passa a ter como melhor amigo Escórpio Malfoy. O filho de Draco Malfoy também é um garoto com graves enigmas pessoais, principalmente por ser órfão de mãe, e pelo terrível passado de sua família.

     E o conflito da história se passa, com a prima de Cedrico Diggory,  Delfine Diggory que no caso não era a prima dele, e sim filha do Voldemort.

    Alvo quer reparar os erros do passado do seu pai, um em especial: a morte de Cedrico.

    Nessa parte do livro, Harry já havia encontrado um objeto que o Ministério da Magia estava procurando: um vira tempo, que foi entregue à Hermione, que iria inspecioná-lo. Alvo e Escórpio recorrem à Delfi para ajudá-los a roubar esse vira tempo, e ela imediatamente aceita.

    A partir daí, os garotos voltam a Hogwarts e começam uma jornada longa para mudar o passado. Como poderiam salvar o Cedrico?

    Cada vez que eles viajam ao passado para modificar uma etapa do torneio, eles afetam drasticamente o futuro. Num desses futuros alternativos, até mesmo Alvo deixa de existir. 

    Com medo do que poderia estar acontecendo com os filhos Harry Potter, Hermione e Rony entram em ação. Eles também proucuram à ajuda de Draco, pois tanto Alvo quanto Escórpio estavam cada vez mais afundados em problemas. Harry começa a fuçar e descobre que os garotos estão com o vira tempo roubado e tenta descobrir os planos, sem nenhum sucesso, até que eles descobrem que os garotos não estão sozinho e contam com a ajuda de Delfi, a cuidadora de Amos. 

    Eles começam a investigar a vida da garota e descobrem que ela não é realmente sobrinha de Amos, o que ela realmente quer é ressuscitar seu pai Lord Voldemort.

        O livro, ao meu ver, foi um livro muito bom, porém teve bastante furos na história. Os ponto positivos do livro foi, que todos nós tínhamos uma visão perfeita do Harry Potter, porém, nesse livro vemos os seus defeitos, pois ele consegue lidar com os seus filhos que são da Grifinória, que são iguais a ele, mas o filho que foi destinado a Sonserina, que tem problemas e que não é parecido, ele está sempre errando com ele.

     Draco Malfoy depois da perda de sua esposa e nascimento do seu filho Escórpio, mostrou-se bem evoluído e melhor como pessoa. Um ponto que também foi importante, Alvo ter ido para a Sonserina. Escórpio foi um personagem crucial ao livro, e além disso ele é melhor amigo de Alvo.

        E a viagem no tempo com o vira tempo é incrível, por mais que no livro teve seus furos, pois não é possível voltar tanto no tempo quanto eles voltaram, eu amo essa viagem no tempo, e também não nego pois Prisioneiro de Azkaban é um dos melhores filmes se não é o melhor.

        O livro teve seus furos, não satisfez a maioria do público, porém eu amei, até porque o livro, foi escrito em forma de peça, e a J.K só confirmou, não foi algo que ela escreveu, mas o livro foi bem escrito, eu amei todos os personagens e seus destinos.

Resenha do filme "Extraordinário" (2107)

 



Por João Vitor Eufrásio Castro

Extraordinário. Direção: Stephen Chbosky. Produção: Todd Lieberman, David Hoberman. Estados Unidos: Lions Gate Entertainment, Lionsgate Films, et al, 2017. 

            Stephen Chbosky nasceu em 25 de janeiro de 1970, atualmente têm 50 anos de idade. É escritor, roteirista e diretor de cinema. Além do filme tipo drama Extraordinário, também teve participação em outros filmes.

            O personagem principal do filme é August Pullman (Jacob Tremblay), ele é um garoto assim como todos os outros, porém ele se sente diferente. Desde seu nascimento Auggie passou por várias cirurgias faciais, ele nasceu com uma síndrome genética.

            Durante sua vida ele nunca estudou em uma escola, sua mãe (Julia Roberts) lhe ensinava em casa. No quinto ano do ensino fundamental, pelo incentivo de sua mãe, seu pai (Owen Wilson) e sua irmã (Izabela Vidovic), com muita luta e dificuldade eles convencem August a estudar em uma escola, a escola era chamada Beecher Prep.

            Auggie era um aluno excelente, mas ao chegar na escola nova se sentiu muito tímido. Na sua matricula, Auggie fez um passeio pela escola com três estudantes, Jack Will (Noah Jupe), Julian (Bryce Gheisar) e Charlotte (Elle Mckinnon). Os três estudantes que fizeram o passeio com Auggie o trataram relativamente bem, porém no fundo Auggie sabia que eles o achavam estranho.

Chegou então o grande dia, o primeiro dia de aula. Auggie se sentiu muito triste, pois era encarado por todos os alunos da escola, ao chegar em casa contou para seus pais o quanto estava triste e que queria desistir de tudo. Seus pais falaram que ele não deveria deixar que isso o afetasse e que ele conseguiria vencer o quinto ano.

Dias difíceis se passaram, Auggie até relatou que seu dia preferido na escola foi o Halloween, porque ele podia se fantasiar e ninguém iria o reconhecer. Com o tempo os alunos perceberam que August era um garoto divertido e normal, com isso fez amigos. Seus melhores amigos eram Summer (Millie Davis) e Jack Will.

O final do ano se aproximava, August realizou uma viagem com os colegas de turma, onde percebeu que tinha amigos verdadeiros e que a amizade é muito importante. Na formatura August foi escolhido para receber o prêmio de aluno do ano, todos o aplaudiram e August enfim percebeu que a aparência é o que menos importa.

Recomendo este filme para pessoas que gostam de histórias inspiradoras, que ensinam lições importantes para a vida.

Resenha do livro "A forma da água", de Daneil Kraus e Guillermo Del Toro

 


Por Beatriz Lacerda Miranda


Kraus, Daniel e Del Toro, Guilhermo. A forma da água. Tradução Edmundo Barreiros. Rio de Janeiro RJ,2018.


“Um amor além das palavras”

         Daniel Kraus, premiado autor e diretor de seis filmes e Guillermo Del Toro escritor e cineasta de maior personalidade na indústria cultural americana, em “A Forma da Água”, o livro que deu origem ao filme que venceu o Oscar 2018, contam a estranha e peculiar história de uma simples humana que se apaixona por um deus marinho mitológico do Amazonas.

          Elisa é uma jovem órfã, muda, com cicatrizes no pescoço, por onde suas cordas vocais provavelmente foram arrancadas quando ela era um bebe, moradora de um minúsculo apartamento em cima do cinema Arcade Marquee. Trabalha no turno da noite na OCCAM, um laboratório de pesquisas secretas do governo, como faxineira no turno da noite, tem poucos amigos, apenas seu vizinho Giles e sua companheira de trabalho Zelda.

        Sua vida sempre foi muito monótona, até que chega um novo recurso no laboratório da OCCAM e Elisa tem que passar a lidar com um novo chefe maluco e nojento, o sr. Strickland, que, vê em Elisa uma oportunidade, já que o recurso, um homem peixe intitulado deus Brânquia, era altamente secreto, ele coloca Elisa responsável pela limpeza da sala do recurso, tendo a certeza de que ela não espalharia nada, já que ela não fala.

        Em uma das noites, Elisa faz um intervalo para comer, e o recurso, preso em um tanque de água dentro da sala, observa Elisa.

“Elisa sinaliza para a criatura O.V.O.

A criatura flutua, como se fosse mágica. Devagar sua enorme mão se ergue da piscina. A pequena flexão de seus dedos é como cinco braços a envolvendo em um abraço apertado. O.V.O.

Elisa perde o folego por traz do sorriso. Poe o ovo na borda e observa o ser pegá-lo.”

      

         Elisa se apaixona pela criatura cada vez mais, a cada dia, percebendo o ser magnifico que estava diante dela, ela precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa.

Qualquer coisa para salvar a sua amada criatura.”


        No dia seguinte, Elisa pede ajuda a seus amigos, de início receosos, para salvar a criatura, precisavam tirá-la de lá, devolvê-la para a água. Com muita relutância, os amigos concordam em ajudar Elisa.

“- O que quer que seja aquela coisa não importa- diz Giles. - O que importa é que você precisa dela. Por isso vou ajudar você. Diga-me o que fazer.”

       Já com um plano formado, eles invadem a OCCAM e retiram a criatura. Conseguem fugir e a esconder no apartamento de Elisa, mas com Strickland em sua cola, isso não poderia ficar assim por muito tempo.

        Eles então decidem levar a criatura para o cais, assim ele poderia ir embora pela água, e o fazem, mas Strickland os alcança, uma arma na mão, e tenta impedir a criatura de fugir. Giles e Zelda tentam o atrasar, mas ele se livra dos dois e acerta, dois tiros, na criatura. Elisa a ajuda a chegar a água, implora para que ela fuja. Strickland atira de novo, mas dessa vez, para proteger sua criatura, a bala acerta Elisa.

      A criatura fica de pé, pega Elisa nos braços, e entra com ela na água, deixando todos para trás, ao som dos carros de polícia chegando. 

                 “ [...] está acontecendo e há compreensão e é bela ela é bela nós somos belos e é uma boa visão uma visão feliz as linhas em seu pescoço as linhas que ela achava serem cicatrizes mas que não são cicatrizes é uma coisa boa ver aquelas linhas se abrirem para que as guelras se libertem e se expandam bastante é uma visão alegre e ela agora sabe quem é quem sempre foi ela somos nós e nós falamos juntos agora sentimos juntos agora e nadamos para o fim para o inicio [...] venha conosco.”

         

        Este livro não é indicado para menores de 16 anos.