RESENHA:
MONTES, Raphael. Dias Perfeitos. 12º Reimpressão, São Paulo SP,
Companhia das Letras,2019.
“Raphael Montes está ente os mais brilhantes
ficcionistas jovens que conheço. Ele certamente vai redefinir a literatura
policial brasileira e surgir como uma figura de cena literária mundial.”
-Scott
Turow
Escritor e roteirista brasileiro, Raphael Montes é autor de literatura
policial, mas aos 23 anos escreveu Dias Perfeitos, seu segundo romance
com uma trama um tanto quanto perturbadora.
O
personagem Téo, estudante de medicina, um cara de poucos amigos, tem uma
amizade e uma paixão por um dos cadáveres que são usados para estudo na
faculdade, o qual ele nomeou Gertrudes.
Sendo
obrigado a levar a mãe cadeirante a festa de uma amiga, Téo conhece Clarice,
uma menina jovem que “pra frente”, muito bonita e que cursa História da arte.
Téo
fica obcecado com Clarice e no dia seguinte vai até a sua faculdade na
esperança de encontrá-la. Ele então a segue durante todo o dia ate que, no fim
do dia, Clarice acaba dormindo bêbada na rua e Téo a leva para casa.
La
se apresenta a mãe de Clarice como seu novo namorado e, assim que Clarice
acorda, conversam sobre o que aconteceu. Ela fica assustada e agitada, pelo
fato de que ela não conhece Téo direito. Ele então a golpeia na cabeça com um
livro e a põe em seu carro e a levou para sua casa.
Depois
de comprar algemas e perceber que não ia ser fácil esconder uma garota em casa,
Téo resolve viajar com Clarice.
”-Por
que esta fazendo isso comigo?
-Vamos para Teresópolis, não se preocupe, trouxe
seu notebook e tudo o mais que você
precisa para escrever o seu roteiro. Não vai faltar nada.
-O que você pretende? Estou algemada no banco.
Tonta...
-Não precisa ter medo. Desculpa pela tontura.
Talvez eu tenha exagerado um pouco no sedativo...”
Téo os
leva para o Hotel Fazenda Lago Dos Anões, um lugar onde a família de Clarice
costumava se hospedar.
Clarice
pergunta a Téo o porquê do sequestro, sem entender o que levaria alguém a
sequestrar uma pessoa que acabou de conhecer e Téo alega ser amor.
“Se ao final você não sentir o mesmo que eu
sinto, vou te soltar. Só preciso que me dê a chance de mostrar que podemos ser
felizes. A chance que você negou quando tentei me aproximar... Eu nunca te
faria mal, Clarice.”
Preocupado com o sumiço repentino, o antigo namorado de Clarice, que estava determinado a retomar o relacionamento, vai atrás de Clarice, mas acaba encontrando com Téo que, por ciúmes, mata, esquarteja e joga os restos do ex namorado de Clarice no lago da fazenda.
Em
uma das ligações de rotina que Téo obrigava Clarice a fazer para a mãe, para
dizer que está tudo bem e que está amando a viajem, Clarice descobre que o seu
ex esta desaparecido e a polícia gostaria de conversar com ela.
Assustado com a possibilidade de a polícia encontrar os restos no lago,
Téo pega Clarisse e foge para Ilha Grande, um lugar que Clarice mencionara em
seu roteiro.
Em
uma das muitas tentativas de fuga de Clarice, ela acaba parando no mar e teria
se afogado se Téo não a tivesse salvado. Irritado com a audácia, enquanto
Clarice dormia, se recuperando do quase afogamento, para impedir que ela fuja
de novo, Téo faz uma incisão em sua coluna, deixando Clarice paraplégica.
Após serem descobertos em Ilha Grande, Téo foge novamente com Clarice
que, em mais uma tentativa de fuga, puxa o volante do carro e causa um
acidente.
Eles
acordam no hospital dias depois e Téo descobre que Clarice perdera a memória,
ele então aproveita a situação e inventa toda uma história sobre ele e Clarice
serem noivos e perdidamente apaixonados.
Clarice
acorda, sem se lembrar de como ficara paraplégica e acredita nas histórias de
Téo.
Ela
sai do hospital, eles se casam, e tem uma filha a qual deram o nome de
Gertrudes.
Este livro não é indicado para pessoas sensíveis e menores de 14 anos.
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