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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Resenha do livro "Dias Perfeitos", de Raphael Montes

 


Por Beatriz Lacerda Miranda

RESENHA: MONTES, Raphael. Dias Perfeitos. 12º Reimpressão, São Paulo SP, Companhia das Letras,2019.

 

“Raphael Montes está ente os mais brilhantes ficcionistas jovens que conheço. Ele certamente vai redefinir a literatura policial brasileira e surgir como uma figura de cena literária mundial.”

                                                                                                                                        -Scott Turow  

 

       Escritor e roteirista brasileiro, Raphael Montes é autor de literatura policial, mas aos 23 anos escreveu Dias Perfeitos, seu segundo romance com uma trama um tanto quanto perturbadora.

       O personagem Téo, estudante de medicina, um cara de poucos amigos, tem uma amizade e uma paixão por um dos cadáveres que são usados para estudo na faculdade, o qual ele nomeou Gertrudes.

       Sendo obrigado a levar a mãe cadeirante a festa de uma amiga, Téo conhece Clarice, uma menina jovem que “pra frente”, muito bonita e que cursa História da arte.

       Téo fica obcecado com Clarice e no dia seguinte vai até a sua faculdade na esperança de encontrá-la. Ele então a segue durante todo o dia ate que, no fim do dia, Clarice acaba dormindo bêbada na rua e Téo a leva para casa.

        La se apresenta a mãe de Clarice como seu novo namorado e, assim que Clarice acorda, conversam sobre o que aconteceu. Ela fica assustada e agitada, pelo fato de que ela não conhece Téo direito. Ele então a golpeia na cabeça com um livro e a põe em seu carro e a levou para sua casa.

      Depois de comprar algemas e perceber que não ia ser fácil esconder uma garota em casa, Téo resolve viajar com Clarice.

 ”-Por que esta fazendo isso comigo?

-Vamos para Teresópolis, não se preocupe, trouxe seu notebook e tudo o mais que você precisa para escrever o seu roteiro. Não vai faltar nada.

-O que você pretende? Estou algemada no banco. Tonta...

-Não precisa ter medo. Desculpa pela tontura. Talvez eu tenha exagerado um pouco no sedativo...”

      

      Téo os leva para o Hotel Fazenda Lago Dos Anões, um lugar onde a família de Clarice costumava se hospedar.

    Clarice pergunta a Téo o porquê do sequestro, sem entender o que levaria alguém a sequestrar uma pessoa que acabou de conhecer e Téo alega ser amor.


“Se ao final você não sentir o mesmo que eu sinto, vou te soltar. Só preciso que me dê a chance de mostrar que podemos ser felizes. A chance que você negou quando tentei me aproximar... Eu nunca te faria mal, Clarice.”


       Preocupado com o sumiço repentino, o antigo namorado de Clarice, que estava determinado a retomar o relacionamento, vai atrás de Clarice, mas acaba encontrando com Téo que, por ciúmes, mata, esquarteja e joga os restos do ex namorado de Clarice no lago da fazenda.

         Em uma das ligações de rotina que Téo obrigava Clarice a fazer para a mãe, para dizer que está tudo bem e que está amando a viajem, Clarice descobre que o seu ex esta desaparecido e a polícia gostaria de conversar com ela.

           Assustado com a possibilidade de a polícia encontrar os restos no lago, Téo pega Clarisse e foge para Ilha Grande, um lugar que Clarice mencionara em seu roteiro.

          Em uma das muitas tentativas de fuga de Clarice, ela acaba parando no mar e teria se afogado se Téo não a tivesse salvado. Irritado com a audácia, enquanto Clarice dormia, se recuperando do quase afogamento, para impedir que ela fuja de novo, Téo faz uma incisão em sua coluna, deixando Clarice paraplégica.

         Após serem descobertos em Ilha Grande, Téo foge novamente com Clarice que, em mais uma tentativa de fuga, puxa o volante do carro e causa um acidente.

        Eles acordam no hospital dias depois e Téo descobre que Clarice perdera a memória, ele então aproveita a situação e inventa toda uma história sobre ele e Clarice serem noivos e perdidamente apaixonados.

       Clarice acorda, sem se lembrar de como ficara paraplégica e acredita nas histórias de Téo.

        Ela sai do hospital, eles se casam, e tem uma filha a qual deram o nome de Gertrudes.

        Este livro não é indicado para pessoas sensíveis e menores de 14 anos. 

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