Dica de leitura: "É um livro", de Lane Smith

Por Viviane Martins

Publicado pela Cia das Letrinhas, É um livro, do autor norte-americano Lane Smith, encontra-se totalmente inserido no contexto atual que vivemos, mostrando, porém, que o fascínio pelos livros jamais deixará de existir.

Sobre o autor

Lane Smith nasceu em Oklahoma, Estados Unidos, em 1959. Fez faculdade de artes plásticas e trabalhou cinco anos como faxineiro na Disneylândia - ele adorava ficar sozinho na casa mal-assombrada. Hoje, além de escrever e ilustrar livros para crianças, Lane faz desenhos para revistas e jornais importantes do seu país.

SMITH, Lane. É um livro. São Paulo: Cia das Letrinhas, 2009.

Poesias Visuais

Por Viviane Martins

"O Poema Visual utiliza, com rara felicidade, a combinação dos 

signos verbais com a  expressividade da linguagem icônica. 

Assim os dois códigos, o digital e o icônico, se combinam

 à perfeição para traduzir imagens poéticas e juízos críticos”.

A citação acima pertence a Fábio Lucas, escritor e crítico literário mineiro, que, sabiamente, definiu em poucas  palavras a essência da poesia visual.

Escolhi algumas poesias visuais para compartilhar em nosso ciberespaço, dentre as quais destaco as composições de Arnaldo Antunes, escritor e músico, que, de acordo com as palavras de Antônio Medina Rodrigues, tem um estilo peculiar.

Para Antunes, sua poesia visual é a tentativa de mostrar o agora, experiência desoprimida de qualquer discurso ou preconceito. Como tal, é inesgotável. Além do mais, a poesia é cosmológica. Vale dizer: sua existência não depende do que pensamos que ela seja.

Além de dois textos de Arnaldo Antunes, também podemos apreciar textos de Silvio Prado e Rodrigo Ferreira.

 Todo Tempo - Arnaldo Antunes

Abraço - Arnaldo Antunes 

Dor - Silvio Prado

Infinito - Rodrigo Ferreira

Leitura e Cibercultura

Por Viviane Martins

Estamos na era dos letramentos múltiplos. Com o advento da Internet e de seus gêneros digitais, observou‐se a construção  de uma nova  forma  de comunicação: a comunicação  digital ou virtual.

Essa nova geração de aprendizes tem nos suportes digitais, as redes, os hipertextos as tecnologias intelectuais que a humanidade passará a utilizar para aprender, gerar informação, ler, interpretar a realidade e transformá‐la (RAMAL, 2002, p.14).

Segundo Pierre Levy (1999), a cibercultura é um espaço no qual o homem é chamado a ler e escrever utilizando‐se das mais diversas tecnologias existentes, e na qual as práticas  de leitura  e escrita passam  a incluir representações gráficas, visuais  e  sonoras. A esses novos leitores faz‐se necessário que estes  sejam  capazes de construir significado a partir de diferentes fontes (textos, gráficos, imagens, sons.

Nesse contexto, educadores e educandos, escritores e leitores, fiquemos atentos, pois como conclui Magnabosco (2009):

"O desafio que se coloca hoje é o de descobrir novas maneira de se explorar os recursos da interlocução digital, visando apontar as diferenças entre as mídias, explicando a finalidade e a utilidade de cada uma. O desafio que se tem hoje é resgatar o destinatário perdido, a motivação para escrever, a  consciência  da importância  do ler  para a formação do ser. E uma das grandes  vantagens das tecnologias atuais é que, para  se relacionar, para utilizá‐las, os usuários precisam escrever e ler. Daí o grande benefício: os professores  devem  utilizar e  aproveitar o fato de  que  seus  alunos  vivem conectados para conscientizá‐los sobre os diferentes ambientes existentes, sobre a necessidade da adequação da linguagem (...), sobre a importância da  criticidade (...) já  que, muito mais  do que uma ferramenta lúdica,  a internet e seus gêneros podem contribuir para uma aprendizagem efetiva, uma vez que, além de oferecer informações variadas, permite um trabalho real com a língua. (MAGNABOSCO, 2009, p.61)"

Referências


LEVY, Pierre. Cibercultura. Trad. De Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.
MAGNABOSCO, Gislaine Gracia. Hipertexto e gêneros digitais: modificações no ler e escrever? In: Conjectura, v.14, n.2, p.49‐63, 2009.
RAMAL, Andréa Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.