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domingo, 22 de novembro de 2020

Reflexões sobre "A importância do Clube do Livro"

 


O estudante do IFMG campus Arcos, João Vitor Eufrásio Castro, nos conta suas reflexões a partir da live A importância do clube do livro para o incentivo à leitura no IFMG, Youtube.com/Bibliotecas IFMG, 2020.

             No dia quatro de novembro de 2020, ocorreu uma live do YouTube no canal: Bibliotecas IFMG. Foram quatro convidadas: Maria Paula Moreira Alves, Leda de Souza, Alícia Gomes e Aline Arruda. As três primeiras são alunas do IFMG Campus Sabará que representam o clube do livro de Sabará, e a última é Professora do IFMG Campus Betim e coordenadora do projeto de ensino Clube do Livro: Ação Compartilhada de Leitura no IFMG Campus Betim. Elas explicam a importância do clube do livro para o incentivo à leitura no IFMG.

            A professora Aline Arruda começa a falar primeiro. Ela destaca que agora devido a pandemia o clube do livro de Betim se reuni uma vez ao mês de forma on-line, eles perceberam que estão alcançando mais pessoas on-line do que presencial. Trabalham com leitura e debate de contos, um dos objetivos é fazer com que cada aluno demonstre o que sentiu durante a leitura dos textos. Eles já leram obras de autores africanos, indígenas, negros.

            Na live, Aline usou muitos conceitos e falas de autores conhecidos,  para ela duas frases muito importantes que têm haver com a leitura são: “O direito de ler e de escrever”, “O direito a literatura”. Ela também pontua que “um Brasil democrático seria um Brasil onde as pessoas têm direito a literatura”, “a leitura é um direito histórico e cultural”. É necessário professores que têm acesso ao ensino e a leitura, para que eles possam ensinar os alunos, as escolas necessitam ser bem equipadas em relação a leitura, é necessário mais tempo livre nas escolas para que os alunos possam se dedicar a leitura.

            As três alunas de Sabará tomaram a iniciativa de criar o clube do livro no IFMG pela necessidade de ler fora das aulas e de fazer com que alunos adotem o hábito da leitura. Com a pandemia, os encontros estão ocorrendo através de plataformas digitais, como o Google Meet, WhatsApp, Google Classroom e entre outros.

            O clube é democrático, todos podem opinar em livros que desejam ler, eles focam em opiniões entre os membros do grupo e escolhem os livros que podem acrescentar no conhecimento. Eles estudam sobre os autores e depois cada um tem um tempo para ler, ao final acontece um último encontro para debater sobre o livro. Alguns dos livros que o clube fez a leitura são: 1984, George Orwell; Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley; Hilda Furacão, Roberto Drummond; Contos Exemplares, Sophia de Mello Breyner Andresen.

            Durante esta live eu percebi que clubes do livro, como os de Sabará e de Betim, podem ajudar alunos a se sair melhor em outras matérias, distrair os alunos do cansaço das aulas, divertir e entre outros. Eu, por exemplo, nunca fiz parte de um clube do livro, porém tenho vontade e gosto muito de ler livros de ação e ficção no meu tempo livre.


Reflexões sobre "Minas Gerais e suas literaturas fantásticas".

Live Minas Gerais e suas literaturas fantásticas. Youtube.com/BlibiotecasIFMG, 2020.

A aluna do IFMG campus Arcos, Eduarda Oliveira, reporta algumas reflexões sobre os autores modernos de Minas Gerais.

Os convidados, Victor Alves - professor da área de automação no IFMG Betim e escritor de livros de ficção, e Gladston Mamede, bacharel e doutor em Direito pela UFMG, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, e autor de livros jurídicos e de ficção, falam  sobre Minas Gerais e experiências literárias.

Vitor falou que a seu interesse pela literatura começou desde criança, quando era leitor, pois tinha vontade de criar seus próprios universos e ele começou a escrever seu primeiro  livro de suspense na graduação de engenharia.

Já Gladston, quando tinha 7 anos, escreveu uma redação com 8 a 10 páginas, e foi um escândalo, e ele sempre usou o texto como uma forma de organizar uma angústia, um discurso e uma maneira de pensar, ele sempre leu muito.

E por mais que eles são de outras áreas, isso não mudou nada, Gladston deu exemplo de Monteiro Lobato que era fazendeiro empresário e virou um grande escritor.

Os professores apresentam seus livros para seus alunos, e eles acabam amando e criando interesse pela leitura e até começam a criar uma intimidade maior além de aluno e professor.

Durante a pandemia, eles tem o hábito de ler mais, pois eles precisam de um novo universo para fugir de tanta notícia ruim e fatalidade que passa na televisão. Com esse novo senário, eles estão tendo bloqueios para criação de novos livros.

Os livros já previam a pandemia, e infelizmente as pessoas não tem a consciência de tudo que está acontecendo, e acabam esquecendo que há bibliotecas para terem conhecimento e esquecerem de tudo que há acontecendo.

O professor Victor Alves já pensou na hipótese de estar indo para algum lugar diferente da engenharia, mas conhecimento nunca é demais, e se você for pensar em seguir para algum lugar diferente, não é nada que irá acontecer do dia para noite, requer tempo e estudo, é só tomar o cuidado de uma área não atrapalhar a outra.

O Gladston pensa diferente, você pode ser tudo, e a arte ela é algo que fica incomodando, e acaba te levando a ela. Agora, para você conciliar áreas distintas requer treinamento. E se você tem algum talento artístico, não deixe, se sua alma quer se expressar, pegue os pinceis e vá em frente.

Para evitarem bloqueios criativos, eles sempre andam com algum caderno na mão e uma caneta, para quando as ideias virem, elas não serem esquecidas.

Gladston faz suas histórias todas em Minas Gerais, já o Victor não, porém ele está fazendo um novo livro que irá se passar, pois em Minas tem uma cultura fantástica.

A live foi de bastante aprendizado, e aconselho todos amantes da leitura verem, pois foi um debate maravilhoso e de bom aproveito.

Com essa live aprendi que a leitura é muito mais além de só ler, você cria um novo universo, ela te encaminha para outros mundos e te faz pensar muito além, passamos a analisar de forma mais racional e inteligente os fatos que acontecem ao nosso redor, sem nos deixar levar pela opinião alheia, evitando, assim, nos tornarmos pessoas alienadas, que não conseguem formular opiniões, conceitos e dar sugestões por conta própria.

“Um livro organiza sua cabeça, um livro te faz pensar melhor, ele te oferece mais referência, ele multiplica seu olhar”.  Gladston Mamede.

 



sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Reflexões sobre a autora Carolina Maria de Jesus e sua obra.


Neste Dia Nacional da Consciência Negra, gostaria de registrar o texto da aluna no IFMG Campus Arcos, Beatriz Lacerda Miranda, sobre a autora Carolina Maria de Jesus e seu legado, a partir do evento "Bibliotecas IFMG".

Live Carolinas: mulheres negras na literatura brasileira, Youtube.com/Bibliotecas IFMG, 2020.

Carolina: Mulher, negra e revolucionária”

      As convidadas, Amanda Crispim Ferreira – Professora UEL e pesquisadora de literatura negra e escrita feminina e Juliana Silva Santos – Professora do Campus Ibirité e coordenadora do Grupo Carolinas (grupo de estudos sobre mulheres e interseccionalidades) trazem na live um pouco da História da escritora Carolina Maria de Jesus.

      Carolina Maria de Jesus, escritora negra e favelada, nascida por volta de 1914, viveu em um país com um contexto de mais de três séculos de escravidão institucionalizada, tomou a pobreza quase como uma herança do sistema colonial.

“27 de maio de 1958: (...) parece que quando eu nasci o destino marcou-me para passar fome. (JESUS,2019, p.39)”

       Mulher, negra, pobre e mãe solo, Carolina assumiu o risco de falar. Falava, não por que, mas apesar de, toda a sociedade dizer que não devia, que se silenciasse. Ela usa “quarto de despejo”, que depois veio a se tornar o nome de sua obra, como uma metáfora para as pessoas que a sociedade vê como o resto.

 “4 de julho de 1958: (...) o que deixou-me preocupada, foi o prédio ter 82 andar, ainda não li que São Paulo tem prédio tão elevado assim. Depois pensei, eu não saio do quarto de despejo, o que posso saber que se passa na sala de visitas.”

          Carolina, usa suas obras como um desabafo, escreve memorias, não só individuais como coletivas, de uma herança da escravidão e da vivencia dos efeitos dela no cotidiano.  Um exemplo, é o Festival do Escritor Brasileiro em 1961, onde ela foi quase que “folclorizada”, por ser a única negra em meio a tantos outros escritores, além de ter sido “esquecida” na reportagem do evento, onde ela não teve o nome citado, ainda lhe foi dito que “Ela deveria ser mais modesta”. 

          Ou seja, ela era vista como uma afronta a sociedade, a um país racista, classista e machista, onde toda hora lhe era questionado “porque você, uma nega metida, está ousando falar?”

        Carolina teria sido muito mais, se a sociedade não estivesse sempre tentando jogá-la para baixo, e ela mesmo assim, ousava.

“Uma mulher negra feliz, é um ato revolucionário.”

         Ela reconstrói imagens de controle, reconstrói a imagem da mulher negra serviçal, trabalhadora braçal, raivosa, ignorante e estabelece o amor próprio, ela se coloca, como protagonista da sua vida.

Eu escrevia peças e apresentava aos diretores de circos, e eles respondiam-me: É pena você ser preta. Esquecendo eles que eu adoro a minha pele negra e meu cabelo rustico, se é que existe reencarnação, eu quero voltar sempre preta.”

      Ao acessar a palavra poética, Carolina subverte o lugar imposto para as mulheres negras na sociedade, a servidão.

Eu disse: meu sonho é escrever.

Responde o branco: ela é louca, o que as negras devem fazer é ir pro tanque lavar roupa.”

       Carolina não nasceu rodeada de livros, mas de palavras. Ela nasceu em uma casa, que ela tem ali o seu avô, que ela carinhosamente apelidou de Sócrates africano, que era um Griô, então ela cresce ouvindo as histórias de seu avô.

      Ainda que pouco, Carolina teve letramento, cresceu ouvindo literatura e passou dois anos na escola, onde era a primeira da turma.

      Seu primeiro momento de escrita, em 1937, foi quando ela escreveu uma quadrinha para uma freira, que iria ser transferida, e como uma homenagem ela escreve uma quadrinha.

    Em 1940, o jornalista Ville Aureli faz uma reportagem com Carolina, onde ela é colocada pela primeira vez como poetisa e também quando ela tem a sua primeira publicação, que foi o poema  O Colono e o Fazendeiro.

    A partir daí, ela começa a ser reconhecida na cidade como poetisa, e começa a viver para o seu ideal, que é viver de literatura, não só no sentido psicológico, que ela usa inclusive em um de seus trechos refletindo a vida na favela, mas no sentido literal.

“É preciso criar um ambiente de fantasia na favela, para poder sobreviver a favela.”

    Conhece Audálio Dantas no início de 1958, jornalista que propôs que ela escrevesse um diário, prometendo publica-lo. Então Carolina escreve um diário, já sabendo que ele seria publicado, nesse momento ela traz a ideia de um diário como um gênero literário, o jeito que ela escreve, como ela coloca trocadilhos e metáforas, como ela mistura o discurso direto e o indireto, tudo faz parte do projeto estético que ela vai apresentando para o leitor, para mostrar que ela era uma escritora e uma intelectual a frente do seu tempo.

     O acordo com Audálio Dantas não foi de todo bom, Carolina sofria censura por seus editores, ela queria recitar seus poemas e eles não deixavam, ela queria dançar, atuar, e eles não deixavam, queriam que ela continuasse sempre ali, como a mulher do diário. Coisa que o próprio Audálio Dantas deixa muito claro já na abertura de Casa de alvenaria.

“[...]você contribuiu poderosamente para a gente ver melhor a desarrumação do Quarto de Despejo. Agora você está na sala de visitas e continua a contribuir com este novo livro, com o qual pode dar por encerrada a sua missão. Conserve aquela humildade, ou melhor, recupere aquela humildade que você perdeu um pouco- não por sua culpa- mas no deslumbramento das luzes da cidade. Guarde aquelas suas “poesias”, aqueles “contos” e aqueles “romances” que você escreveu. A verdade que você gritou é muito forte, mais forte do que você imagina, Carolina.”  (DANTAS, 1961)

         Além disso, era explorada, escrevia e vendia seus livros, mas não recebia. Por ser uma mulher, mãe e sem marido, só conseguiu ser publicada com a influência de um homem branco, homem esse que ordenava a seus editores que não lhe entregassem dinheiro. 

      “Escrevi o Quarto de Despejo, para ter dinheiro e não tenho dinheiro por que o senhor Dantas deu ordem a seus editores internacionais para não me dar dinheiro. Por que é que eles não fazem isso com os escritores brancos?”

        Carolina foi uma mulher que inaugurou uma tradição literária de mulheres negras, ao se infiltrar na literatura, Carolina vai trazendo outras mulheres negras para a literatura, Carolina questiona a ideia de livro, de autor, e assim ela inspira outras mulheres, ela abre esse caminho para que outras mulheres possam caminhar e falar, assim como ela.

       “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela.” -Angela Davis 


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Resenha do filme "O menino que descobriu o vento" (2019)


 Por João Vitor Eufrásio Castro


O menino que descobriu o vento. Direção de Chiwetel Ejiofor. Reino Unido: Gail Egan, Andrea Calderwood, 2019. Netflix.

            O diretor do filme é Chiwetel Ejiofor. Ele é um ator britânico que nasceu em 1977 no Reino Unido. Chiwetel além de ser o diretor deste filme drama, também foi ator deste mesmo, interpretou o pai do personagem principal: William Kamkwamba. É mais conhecido por suas obras da Marvel, interpretava o personagem pantera negra.

O filme é baseado em fatos reais, conta a história de William Kamkwamba (Maxwell Simba). Ele era um menino inteligente que juntamente com sua família viviam em um vilarejo em Malawi, um dos países mais pobres da África.

Certo dia, o tio de William morre, ele era dono de terras que compunham grande parte das árvores daquela região. As terras foram passadas para Jeremiah, um homem que não era muito inteligente.

O governo ofereceu dinheiro para Jeremiah em troca das terras, o governo queria cortar todas as árvores. Jeremiah não ouviu seus companheiros e acabou vendendo as terras. Como consequência as chuvas alagaram as plantações, diminuindo a colheita.

Quando chega o período de secas a fome é um problema para toda a população. William teve que deixar de estudar porque seus pais estavam ficando sem dinheiro.

Sua família sofreu muito, foram roubados e estavam sem saber o que fazer. William com seus conhecimentos sobre eletricidade que havia obtido na escola teve uma grande ideia. Um de seus professores utilizava um dínamo em sua bicicleta, quando ele pedalava gerava energia capaz de acender um farol. William estudava na biblioteca de sua velha escola escondido, através de um livro ele percebeu que com o dínamo podia trazer a água de volta.

Mas precisava de ajuda das pessoas que viviam ali para construir, seu pai que nunca havia estudado acreditava que isto era bobagem e por isso o obrigava apenas a trabalhar. A mãe de William convenceu seu pai a dar a ele sua bicicleta e também a ajudá-lo. Com uma bicicleta velha e equipamentos velhos todos ajudaram William e eles construíram um moinho de vento. O moinho produzia energia e com isso conseguia trazer água de um poço, a agricultura voltou a ser possível e eles recuperaram as plantações. Nunca mais eles tiveram que enfrentar a seca.

Todos ficaram orgulhosos de William, principalmente seu pai, que achava que isto era uma ideia tola. William recebeu uma bolsa de estudos e hoje frequenta a faculdade em Johanesburgo, na África do Sul.

Através deste filme aprendemos que nossos problemas não podem nos impedir de fazer a diferença. Eu recomendo este filme para pessoas que gostam de histórias reais e inspiradoras.


Resenha do livro "Um Milhão de Finais Felizes", de Vitor Martins

  


Por Eduarda Oliveira

No livro acompanhamos a história de Jonas um garoto de 19 anos e não sabe o que quer fazer da vida. Não faz faculdade, porém já tem em mente que necessita de algo haver com a escrita. Ele trabalha numa Cafeteria (Rocket Café) com temática da Galáxia, e astronautas. Jonas convive com algumas situações desagradáveis em casa, pois seu pai tem um comportamento agressivo e sua mãe com uma doutrina religiosa, mas longe de sua casa ele consegue ter paz com seus amigos Karina, Isadora, e Danilo.

Jonas tem um caderninho de anotações de ideias para livros, até que um dia um moço bonito de Barbas Ruivas (com nome misterioso) aparece no café e dá uma ideia na cabeça dele. A ideia basicamente era escrever um livro sobre piratas gays, que no caso foi inspirado na ida desse moço no café. E a partir desse dia ele começa a se questionar até quando irá conseguir esconder a verdade de quem ele realmente é para os pais.

E em uma festa no carnaval onde que o Jonas derruba uma bebida na camisa do Barba Ruiva, com o nome verdadeiro Arthur. Eles passaram a noite juntos, algumas emergências aconteceram, e os dois se separam sem trocar números. Jonas fica entusiasmado com que a ideia de que ele realmente deveria começar a dar mais valor na história dos piratas, pois ele estaria escrevendo sua história literalmente.

Dias depois Arthur consegue o número de Jonas e os limites que estavam só dentro do computador, a partir da escrita, vazam para o mundo real também.

O relacionamento dos dois começam a prosperar e a relação com seus amigos estava indo perfeitamente bem. O peso de ficar independente e ter a liberdade de construir uma história estava se tornando real.

E é partir dessa construção que as coisas ruins começam acontecer, não vou contar o final da história, pois aqui está todo o clímax do livro.

O livro é simplesmente leve de se ler, você não se cansa hora nenhuma, e esse é o tipo de livro que vai te fazer sorrir muitas vezes sem nem perceber. Vai mexer com suas estruturas, e também vai te deixar triste por ver que ele não tem apoio nenhum familiar.

“Eu não posso prever o futuro, e ninguém tem felicidade garantida pro resto da vida. Pode ser que amanhã as coisas piorem. Pode ser que você ganhe na loteria e as coisas melhorem mais ainda. A gente não tem controle de nada. Mas você não pode deixar essa falta de controle te impedir de viver o agora”

Jonas é o tipo de pessoa que eu queria muito colocar em um potinho e não tirar nunca, pois ele é doce, simpático, e divertido. Ele narrando sua história faz com que você se sente parte dela.

Os sentimentos que Jonas tem com a igreja e Deus de se culpar por ele ser daquele jeito, é um fato importante e interessante no livro.

O casal Jonas e Arthur, é aquele tipo de romance que aquece seu coração de uma maneira linda.

Além deles, minha outra personagem favorita é a Karina sua colega de trabalho, ela tem personalidade forte, e tem muita atitude, personagem que se tornou ideal para o livro. Eu amei a amizade estabelecida entre os dois e como ela cresceu até que se considerassem como irmãos, o companheirismo dos dois é lindo de se ler.

Aconselho qualquer pessoa ler, pois ele fala sobre família, amigos, e principalmente aceitação. O livro é perfeito e ele apareceu na hora perfeita para eu ler.

“Eu te amo e tenho certeza de que, mesmo passando por tanta coisa ruim na vida, você ainda guarda um milhão de finais felizes aí dentro.”

Resenha do livro "Minha vida não tão perfeita", de Sophie Kinsella

 


Por Beatriz Lacerda Miranda


Kinsella, Sophie. Minha vida não tão perfeita. 7º Edição. Rio de Janeiro, RJ. Editora Record, 2019.

 

“Um dia minha vida vai ser tudo aquilo que eu posto no Instagram...

UM DIA ELA VAI SER!”

 

     A autora britânica, best-seller, Sophie Kinsella escritora de gêneros Chick lit, Romance, comedia romântica e ficção em seu livro “Minha vida não tão perfeita” nos traz a história de Katie. 

     Katie, uma menina do interior que, ao se mudar para Londres, espelha sua vida, ou a vida que ela queria que fosse dela, em sua chefe Demeter Farlowe. Katie na verdade, mora em um apartamento com mais três pessoas e tem como seu, apenas um quarto, trabalha como estagiaria na Cooper Clemmow, e insiste em ser chamada de Cat.

        Cat tem o sonho de um dia ser como, ou até melhor, que a Demeter, e estava indo no caminho certo, ou ela achava que estava.

          Em mais um dia normal de trabalho em que Katie, ou melhor, Cat está tentando ao máximo mostrar serviço e chamar a atenção de Demeter, até que, por acidente, ela esparra com um rapaz e os dois acabam conversando bastante. Ele a convida para jantar e mais tarde Cat vem a descobrir que ele é Alex Astalis,  Um dos chefes da Demeter e também seu.

        “Eu vou almoçar com Alex Astelis!!!!”

        Conhecendo e começando a gostar de um moço legal, embora seu chefe, com esperanças de ser promovida, as coisas não poderiam estra melhores! Só que não. Por culpa de Demeter, as coisas começam a ir mal na empresa e, para cortar gastos, Cat é mandada embora.

“-Não, já entendi. É um detalhe tão trival e sem importância para você que não consegui a nem se lembrar se já tinha me demitido ou não. Eu entendo! - Você tem uma agenda muito cheia e empolgante. Reuniões... almoços... festas... despedir sua funcionária. Não é à toa que não consegue se lembrar de nada.”

         Depois de discutir com Demeter e Alex, Katie tem que voltar para casa, mas não desiste do sonho de viver em Londres. Com pais superprotetores, e receosa de que elas a impeçam de voltar, nos vê outra saída senão mentir. Então, enquanto enviava currículos e esperava resposta, resolveu dizer aos seus pais que estava em um período sebástico.

              “-Então você vai tirar um período sebástico? Como aquela senhora simpática que há alguns anos queria aprender a fazer geleia, você lembra? Um período sebástico do seu emprego na cidade grande? Seis meses, ela teve. Você acha que vai conseguir tanto tempo assim?”

          Katie volta a Somerset, e ao chegar, passa seus dias ajudando seus pais com um novo negócio de glamping. Estava mandando currículos, ajudando seus pais em um negócio que estava indo muito bem, estava tudo ótimo, certo? Errado! 

      Para o desespero de Katie, Demeter, sua ex chefe, foi passar as férias com a família justamente lá, onde Katie estava. Primeiro ela ficou receosa, de que Demeter a reconhece e contasse as seus pais que na verdade ela tinha sido demitida. Mas ao perceber que Demeter não a tinha reconhecido, Katie percebeu que aquela era uma ótima oportunidade para se vingar.

     “É isso. Finalmente vou dar o troco. Então Demeter quer coisas rurais? Quer a “experiência da vida na fazenda”? Algo “autêntico”?  Pois bem. Ela vai ter tudo isso. Pode apostar.”

          Durante sua vingança, Katie acaba percebendo que a vida de Demeter não é tao boa quanto ela imaginava ser. E que na verdade, Demeter parecia ser uma pessoa muito triste. Descobriu que ela tinha muitos problemas familiares e em seu relacionamento, e que devido a certas brincadeiras de seus funcionários, que ela não sabia ser brincadeiras deles, como esconder papeis e mudar senhas, Demeter pensava estar ficando louca.

         Com dó, Katie se revela a Demeter, se reconcilia e resolve ajudá-la, já que tinha ficado sabendo que o Alex estava vindo para demiti-la.

“Por favor. Se eu souber que ele quer me demitir, terei condições de me defender. Terei alguma chance de me salvar. Por favor, Katie, por favor...”

         Katie ajudou Demeter a se defender e a entender e resolver seus problemas, tanto pessoais como profissionais, se reconciliou com Alex, que demonstrou estar apaixonado por ela e, no fim, sua vida realmente virou tudo que ela postava no Instagram.

 Que a vida de vocês sempre combine com seus posts no Instagram.