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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Resenha do livro "Maze Runner: correr ou morrer", de James Dashner

 Maze Runner: correr ou morrer | Amazon.com.br

Por João Vitor Eufrásio Castro


DASHNER, James. Maze Runner: correr ou morrer. Estados Unidos: Dell Publishing, 2009.

 

            James Smith Dashner foi nascido em 1972, na Georgia, Estados Unidos. James é um escritor e autor de vários livros de fantasia para crianças e livros para adultos. Ele também é autor da obra Maze Runner: correr ou morrer, um livro de ficção repleto de ação e suspense psicológico. Aclamado pela crítica como um dos melhores livros de 2009.

            O livro começa com Thomas acordando em um escuro elevador em movimento, a única coisa que o jovem conseguia se lembrar era do próprio nome. Quando o elevador finalmente chega a seu destino ele se vê rodeado de jovens em um vilarejo chamado Clareira cercado por muros, um labirinto que se abre durante o dia e se fecha durante a noite. Todos os habitantes da clareira são garotos que têm como única lembrança o próprio nome, todo mês um novo garoto chega pela caixa. Naquele dia Thomas foi alimentado e recebeu cuidados de um garoto que aparecia ter doze anos, Chuck, seu novo melhor amigo.

No dia seguinte Newt e Alby (os dois líderes) estavam dando uma volta com Thomas para lhe mostrar o lugar, ele descobre que os clareanos já estão ali a mais de dois anos e ninguém nunca descobriu como escapar. Neste mesmo dia algo que nunca havia acontecido antes aconteceu, a caixa metálica havia retornado novamente no mesmo mês em que Thomas chegou. Para a surpresa de todos quem estava na caixa era uma garota, Teresa, ela havia um bilhete em suas mãos dizendo que ela era a última. Ela estava muito doente e ficou em coma, Thomas a achava familiar.

Na Clareira havia diversos cargos de trabalho, o que mais interessava Thomas era os corredores, um grupo de pessoas que todos os dias exploravam o labirinto. Foi assim que Thomas conheceu Minho, o encarregado dos corredores. Minho contou que havia encontrado um verdugo morto. Explicou para Thomas que um verdugo era um robô programado para matar que saia somente a noite, sua picada poderia resgatar lembranças, mas ninguém que fora picado compartilhava o que descobria.

Na manhã seguinte Alby e Minho foram até o verdugo morto para ver se encontravam algo. No horário dos muros se fecharem eles não haviam retornado, então Thomas entrou no labirinto e os encontrou. O verdugo não estava morto e havia atacado Alby. Os três conseguiram sobreviver e retornar na manhã seguinte. Por ter sido o primeiro a sobreviver uma noite no labirinto Thomas se tornou um corredor.

Minho mostrou a casa dos mapas, onde ficavam os mapas que os corredores faziam todos os dias, o problema era que o labirinto mudava durante a noite então parecia não ter saída.

Teresa acordou e com ela o sol havia sumido. Naquele dia os muros não se fecharam. Durante a noite os verdugos atacaram e levaram um garoto chamado Gally. E durante os próximos dias a mesma coisa aconteceu, toda noite um garoto era levado pelos verdugos.

Thomas resolveu ser picado propositalmente por um verdugo pois precisava resgatar lembranças para descobrir o que estava acontecendo. Ele se lembrou que ele e Teresa haviam ajudado a projetar o labirinto, o mundo havia sido infestado com uma terrível doença chamada Fulgor. Aqueles jovens no labirinto estavam passando por um teste no qual poderia resultar na cura da doença. Thomas também descobriu como sair daquele lugar.

Thomas descobriu um código usando os mapas feitos pelos corredores e sabia onde deveriam ir para inserir o código e fugirem.

Os clareanos se prepararam para a batalha. Após muita luta, metade dos clareanos haviam morrido. Thomas conseguiu inserir o código e assim abriu uma passagem. Eles encontraram Gally, ele estava maluco e matou Chuck. Thomas surtou e começou a espancar Gally, até que apareceram um grupo de pessoas que os guiaram para fora do labirinto e os levaram para uma instalação onde receberam cuidados.

Esta obra é a minha preferida, e a recomendo para o público jovem.


Resenha do livro "Com amor, Simon" - de Becky Albertalli

 

Com Amor, Simon - Saraiva


Por Beatriz Lacerda Miranda


“Todo mundo merece uma grande história de amor.”

 

       Rebecca Albertalli (Becky) é uma autora americana de ficção para jovens e adultos, ficou conhecida pelo seu livro Com amor, Simon, um romance adolescente e LGBTQIA+.

       Simon é um adolescente comum e apaixonado, mas ele não sabe por quem. Em conversas na internet Simon acaba conhecendo um menino que se identifica como Blue. Simon também usa um nome falso, se identificando como Jacques.

        Os garotos vão conversando e percebem que tem muito em comum, como por exemplo uma inexplicável paixão por bolachas Oreo.

 

“Na verdade, eu estava comendo Oreo. Em sua homenagem.”

 

      Até que Simon se vê apaixonado por “Blue” e decide que precisa descobrir quem ele é. O único contato que os garotos tinham era por e-mail e Simon, que quer muito descobrir quem o garoto por quem ele se apaixonou, começa a pedir dicas sobre traços de aparência.

      Em sua intensa procura pela escola, Simon tem suspeitas entre dois amigos, Miles e Cal, mas ao se envolver com eles percebe que estava enganado.

 

     “Blue... meu Blue não é Miles, nem Cal. É só alguém.”

 

         Como se já não fosse difícil o suficiente estra apaixonado por alguém que ele nem sabe quem é, Simon também vai ter que lidar com “cair do armário”, já que sua conta no Tumblr foi clonada e agora estavam fazendo post constrangedores em nome de Simon, deixando claro para o mundo que ele é gay.

 

“-Abra o Tumblr.

-Está carregando... Pronto, e agora?

-Leia.

Desço a barra de rolagem. E paro.

-Está tudo bem? – pergunta ela baixinho- Sinto muito, Simon. Mas achei que você fosse querer saber. Supondo que não tenha sido você quem escreveu.

-Não, não fui eu.”

         Simon então se abre com seus pais que, para o alívio de Simon, lidam bem com a notícia.

         Bom, tinha saído do armário, a conta do Tumblr foi denunciada e tirada do ar, estava tudo em ordem, exceto por um detalhe, Blue descobriu quem era Simon.

       – Jacque a dit, certo?

        Jacques a dit é a versão francesa da brincadeira “Seu mestre mandou”, que em inglês se chama Simon Says. E obviamente não é tão inteligente quanto eu achei que fosse.”

           Depois de muitas dicas e muito tempo pensando, Simon acaba descobrindo quem é o seu tão amado Blue, e para sua surpresa, é Bram Louis, um dos amigos próximos de Simon.

            E como no fim tudo acaba bem, os garotos encontram coragem e se assumem ficando juntos, as famílias aceitam bem o novo casal e os amigos adorem a novidade.

             Este livro é indicado para aqueles que acreditam que o amor não vê cara e sim coração.   

Resenha do livro "FOME", de Roxane Gay

 

Fome – Uma autobiografia do (meu) corpo eBook: Gay, Roxane, Klesck ...

Por Eduarda Oliveira


Roxane Gay, é escritora, professora, editora, blogger e comentadora. Leciona Inglês na Purdue University, é fundadora da Tiny Hardcore Press, e co-editora da PANK, um coletivo das artes literárias sem fins lucrativos. Vive atualmente em Charleston no Illinois.

O livro se basea na sua história de vida. Roxane é obesa, e no começo de sua adolescência foi estrupada pelo seu ‘’ namorado’’ pelo menos ela o considerava assim.

Na escola os apelidos de ‘’puta’’, que ela recebeu de fofocas de que tinha feito porque  quis não a ajudou.’’ A palavra de um homem contra a de uma mulher é o motivo pela qual tantas vítimas e sobreviventes, não fazem uma denúncia. É muito frequente que a palavra deles tenha mais importância, então nós apenas engolimos a verdade.’’

Então desde ai ela sofre com seu peso, alimentação, relações, culpa e medo.

Você se sente como se estivesse lendo o diário de Roxane, pois ela conta e mostra cada detalhe em sua vida, é como se ela tivesse guardando essas palavras a tempos e agora literalmente se soltou.

Ela fala o quanto a comida ajudou, e como engoliu o segredo do estupro, conta das tentativas de sua família para que ela emagrecesse. ‘’ Eu estava dilacerada e para anestesiar essa dor, eu comia, comia e comia.’’

O livro é um tapa na cara, eu nunca vi tanta sinceridade, e tanta clareza ao contar sua história.

Uma parte do livro que me ganhou quando ela estava explicando sobre a palavra obesidade foi:

 

‘’ Isso é o que ensinam a maioria das garotas - que devemos ser magras e pequenas. Não devemos ocupar espaço. Não devemos ser vistas e ouvidas e, se somos vistas, devemos ser uma visão agradável aos homens, aceitáveis na sociedade".

 

No livro ela fala sobre o padrão que a sociedade nos impõe e que ela acredita que um dia esse padrão deveria incluir diversos tipos físicos.

A cada página que passava eu sentia a dor dela, e coragem em dividir essa história conosco.

Fome não é um livro bonito, mas ele tem muito material para pensar e refletir.

Mas se você tem algum problema com seu peso ou até mesmo autoestima, leia. Se você se sente cobrada, por um relacionamento abusivo, pela pressão social, também leia, pois algumas frases do livro são feitas para esse tipo de situação também.

E talvez esse livro pode te ajudar de alguma maneira, a pelo menos não calar a sua voz quando você ver ou até mesmo presenciar alguma violência sexual. ‘’ Quando você fica calada, essa verdade, fica rançosa, transforma em depressão ou vício ou alguma manifestação física do silêncio daquilo, que ela teria dito, precisava dizer, mas não conseguiu dizer.’’

O livro é muito real e necessário, pois envolve tabus como gordofobia, feminismo e racismo.